SER-ME
Sou a vida cruzada num repente cantarolado de repentemente;
Num dia de loucura a gritar falacias pela mentiras ditas à mim;
Sou contra o céu escuro das almas fustigadas em luz minguante;
Pelos labirintos perdidos na minh'alma vou abraçando a verdade.
Sou o que fala impropérios a desaguar em pranto;
No de repente traduzir páginas lidas em versos;
Que para mim soão como melodias ao vento;
Em contraste com minha natureza opaca.
Sou a pedra que jogo quando estou iracundo;
A quebrar vidros já espedaçados no chão;
Onde piso firme e caminho altivo;
Pelas ladeiras e subidas da vida;
Onde eu sou o verbo principal.