MAR

Mar, salgado mar, onde estás?

Eu nunca mais o vi...

Perdestes na imensidão da tua infinitude?

Será que fostes o último refúgio em profundezas?

Ó, céus! Como sei da escuridão;

Que as madrugadas salga-me;

Pela brisa ventana em flor;

Num despertar sonoro mar.

Pelo vento que reza um terço dos meu lamentos;

Correntes presas em mim são algemas d'ouro;

Pela escravidão de meu corpo ao teu;

Nu, tormento grito de desespero;

Ao alforrar-me na memória, o mar...

Eterno carrocel das ilusões perdidas.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 06/05/2020
Código do texto: T6938790
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.