SONHAR-TE
Caminho pelos vales perdidamente;
Olhando o esquecer o indiferente;
Os perfumes dão-me os perdidos;
Nos grãos da terra ao pó voando...
Traço cada letra da minha mente solitária;
Olhando o infinito vago em terno pensar;
Onde o vinho embebeda minh'alma só...
Pelo verso que alastra-me num beijo.
Bebo o hálito adocicado dos lábios teus;
Onde sinto saudades da graça, talvez!
Como sou vão em pedaços em chão;
Doidamente perdido numa rosa em espinhos;
Mostrando-me mansamente o vasto tempo.