UM CORPO QUE CAI
Sou o labirinto que esconde segredos num grito em flauta;
Nadando sobre novelos de lãs na disparada dos voos...
Como as cachoeiras de lágrimas a desaguarem no rio;
Transformando-me em profano o que sempre te viu.
Sou o transbordar das palavras sãs em mente;
Movidas por um turbilhão de fontes d'águas;
Que baila em metáfora o fosforecer d'alma;
Dos dias que calo-me em ventes que me cobre.
Digo-me em luz pelo clarão do sol em chama.
Que ardente seca a terra em dor em frases...
Movendo meu corpo nu em flauta doce;
Tocando como os desbravadores em bordado
Como o colorido dos pássaros que traz-me a lua.