Um quase rondel da contradição
Quando escrevo seco, o soco, pelo papel
nesse, que já foi um eucalipto majestoso
mesmo assim preocupado, um criterioso
quero desempenhar, meu jeito menestrel
E quanto importo de seiva jogada ao léu
se quero é manter o quanto que garboso
quando escrevo seco, o soco, pelo papel
nesse, que já foi um eucalipto majestoso
Mas afinal, se caido por modo tão cruel
pela força do homem sempre asqueroso
o meu texto em dor se confunde a Babel
pois que digo: um discurso de mentiroso
quando escrevo seco, o soco, pelo papel
24-03-2019
02h53min
Ao ler o soneto "O Eucalipto",
de Ricardo Camacho, o Poeta Carioca
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6513882