REVERTERE AD LOCUM TUUM ou O POETA É SEMPRE UM COVARDE

O poeta é sempre um covarde

Que só quer, na vida, sobreviver

Então, diante do medo que o invade

Faz-se imortal, ao se por a escrever...

A vida, imprecisão, sem data de validade

Ante as possibilidades, que nos levam a perecer

O poeta é sempre um covarde

Que só quer, na vida, sobreviver.

E de nada adianta choro ou alarde

Seja rico ou pobre a fila anda

Nela, todos entram, mesmo sem vontade

E na espera de Tanatus e sua foice afiada

O poeta é sempre um covarde. . .

- por Hans Gustav Gaus, refletindo acerca da impermanência de todas as coisas, em 20/10/2017 -