RONDEL PARA OS OLHOS DE CAPITU

Capitu, o que dizer dos teus olhos

Que ainda não tenham dito?

Que eram oblíquos e dissimulados

Ou duros e frios como granito,

De ressacas, em que se perderam afogados

Os homens em sortilégio maldito.

Capitu, o que dizer dos teus olhos

Que ainda não tenham dito?

Procuro na noite, de poucos acordados,

Dentro da ânsia em que me agito,

Adjetivos mágicos, sentimentos aflorados,

Mas o vocábulo, se o encontro, é finito.

Capitu, o que dizer dos teus olhos? . . .

- por JL Santos, em 27/09/2008 -

jlsantos
Enviado por jlsantos em 27/09/2008
Reeditado em 28/09/2008
Código do texto: T1198746