Peça de teatro
1º ato
MIRIAM: Junior para de ser bagunceiro arruma tuas coisas?
JÚNIOR: Ah Miriam fica na tua, não se mete na minha vida não. Aí, vou sair fora hoje sabia?
Míriam: Não, Só porque a mãe quer que tu trabalhe estude, e vá pra igreja com a gente?
JÚNIOR: Tu acha pouco? Ela inferniza minha vida. Eu vou é aproveitar a vida, enquanto eu sou jovem. Vou curtir de boa por aí. Vou beber, fumar unzinho, fazer a cabeça, tá ligada?
MIRIAM: É Júnior, tu vai sair com aqueles teus amiguinhos, que acha bonito te ver bêbedo ou drogado esses caras não são teus amigos, presta atenção.
JÚNIOR: Para de falar dos meus amigos, eles são os únicos que que me apoiam, eles não ficam me chamado atenção por nada.
MRIAM: Claro, nós somos tua família e a gente só quer o teu bem e tu pelo visto não tá nem aí, para pra pensar, Junior, tu ta caminhando para um abismo.
JÚNIOR: Ah! Que mané abismo menina, para de ser idiota,
ANA (Irmã Maria mãe dos dois entra em cena e fala: ) que gritaria é essa Posso saber o que tá acontecendo?
JÚNIOR: Ih, sujou... Não, Cumade, já deu pra mim, não vem me zoar mais não.
ANA: Que cumade o que? Rapaz tu me respeita, eu sou tua mãe eu me preocupo com você
JÚNIOR: Rum, vai vendo... Se vale do nome de mãe pra ficar me regulando, o tempo todo sai fora, coroa.
ANA: Mas tu é muito atrevido, não é? Júnior, voce não sabe quantas noites eu ja passei acordada, orando, chorando, preocupada, sem saber onde voce tava. Júnior, voce ta acabando com sua vida e com a minha também. Larga esses vicios, sai da rua, me ouve. Olha, isso é bíblico, ouviir os pais e honrar pai e mãe fa com que o filho seja feliz na terra.
JÚNIOR: Há não, não acredito que voce vem me falar de biblia agora, que inferno? Tá me tirando é?
ANA: Olha o respeito, não, fala assim, das coisas de Deus e é sério, se você ouvisse meus conselhos e lesse a bíblia você já estaria liberto
JÚNIOR: (sorrir desdenhando da mãe) liberto de que? Vocês parecem um bando de malucas isso sim,
MIRIAM: (Tomando a palavra vai pra cima de Junior) Não fala assim com a nossa mãe, voce quer acabar de vez com ela? Já não basta destruir sua vida? Agora quer acabar com a vida de toda a família? Voce tem que aceitar ajuda, você precisa se libertar desse vício Junior. Você cresceu ouvindo a palavra de Deus e ainda foi cair nessa Armadilha?
JÚNIOR: Ôh, fasta pra lá perdeu à noção do perigo? Que mané família,
ANA: Junior se acalma, em nome de Jesus. Meu filho, eu creio que você ainda vai se reconciliar com o senhor, porque está escrito, crer tu e será salvo tu e tua casa.
JÚNIOR: Para de viajar, eu não nasci pra isso, eu só ia pra igreja porque você me levava, mas eu nunca quis esse seu Deus. E quer saber? Eu vou vazar daqui pra muito longe de vocês, não quero mais ninguém controlando minha vida tá ligada? Ninguém.
ANA: Não, meu filho, em nome de Jesus se acalme por favor olha, escrevi essa cartinha aqui, pra você toma, ler aí?
JÚNIOR: Nããão!!!! C tá brincando. Já não basta falar... Falar... E falar? Agora ainda escreve? É pra pirar né? Na boa mãe, Já deu pra mim, vou vazar mermo... já é, vou só pegar algumas coisas aqui e vou cair fora daqui.
( entra para o quarto pegar sua mochila, volta para o palco, mas esqueceu alguma coisa, no quarto, joga a mochila no chão e volta para pegar o que esqueceu lá dentro. Enquanto isso, a mãe e a filha, colocam a carta e uma bíblia dentro da mochila sem que ele veja. Ele volta pega a mochila e sai falando)
JÚNIOR: (olhando para as duas) Já perdi foi tempo de mais aqui, ouvindo esse besteirol de vocês, agora vou ser livre e fazer o que eu bem quiser. Eu tenho amigos maravilhosos e Já cansei de vocês
ANA: (tenta segurá-lo.,) Não, não faz isso, meu filho, o mundo é tão perigoso. (ele a empurra, se solta e sai andando rápido ela começa chorar e clamar) volta, aqui, junior, por favor não vá, oh Deus, perdoa meu folho, protege ele, cobre ele, com o sangue de Jesus traz ele de volta pra casa eu te imploro pai em nome de Jesus.
MIRIAM: (abraça sua mãe enquanto tenta acalmá-la) Mãe fica calma, a gente vai orar por ele, Deus é misericordioso, ele vai ouvir nossas orações, ele vai proteger o Junior e ainda vai trazê-lo de volta para nós. vamos entrar, espere no senhor, ele sabe o que faz. Vamos (Sai de cena)
2 ato
(entra uma pessoa com um cartaz escrito: Uma semana depois. Em seguida entra dois policias segurando o Junior)
JÚNIOR: Ai moço socorro, pera aí...o, meu Deus cadê aquela coragem toda que eu tinha?
Carlos: Da um tapa na cabeça ) Esperar o que? Meliante fica quieto ai? Quer morrer?
Junior: Não Doutor, Deus me livre não me mate não, eu não fiz nada moço eu juro. Bem que minha mãe falou que o mundo era mal
Diego: (Neymark) mãe? Essa historinha acabou, meliante aqui não tem mãe não entendeu? E se tu não fez nada o que fazia no lugar do assalto?
Junior: Quem? Eu? (o policial Carlos da um tapa nele e fala)
Carlos: claro que é tu Mané, quem mais tá sendo interrogado aqui?
Junior: É... é, ai minha vista tá escura, num to entendendo mais nada... ( eles param e dão uma encarada nele sacudindo-lhe)
Diego: tu não se faz de desentendido. Fala Logo, que ninguém aqui é otário não
Júnior: Anh? Mas o que tá acontecendo aqui? Onde eu to? ( dando uma de quem não estava entendendo nada)
Carlos : (mais um tapa) Fala infeliz, o que tu tava fazendo no lugar do assalto? Tá querendo se fazer de doido? Tu vai é virar presunto agora
Junior: Deus me livre moço, eu só queria ver o que tinha acontecido, só isso, mas agora não quero ver mais nada, vi que isso não é pra mim, to passando mal,
Carlos: Tu vai passar mal é daqui a pouco mané cadê teus comparsas
Junior: Eu não tenho comparsas moço,
Diego: Tu vai é morrer infeliz vou te desovar lá nos quintos dos infernos ( da um tapa) vamos levar esse traste pra estrada do arroz e apagar ele lá mesmo
Junior: (gritando) Socorro, ai, meu coração tá parando de bater meu Deus me acuda ai, minhas pernas tão tremendo, nunca pensei de passar por essa pressão toda
Carlos: Para de ser frouxo mané, tu ainda não viu nada, tu vai pra um lugar onde o filho chora e à mãe não ver, tu vai ver o sol nascer quadrado o mundo aqui fora, é mundo de cão tu vai se arrepender do dia em que nasceu
Junior: Já me arrependi, moço. Tem piedade de mim, ô minha mãezinha, seu filho agora, tá nas garras do capeta
Diego: Quem é capeta aqui? Tá maluco? Ô sem noção rapaz, vamo apagar logo esse verme? Tu ainda quer levar o elemento pro delegado? Decide aí companheiro
Carlos: Que sede é essa pra matar Diego, quantos tu já mandou pro inferno hoje?
Diego: Ah! Um a mais um a menos não faz diferença
Carlos: Não, esse aqui nós não vamos matar. Não, dessa vez...
Junior (interrompe) é mermo moço me deixe vivo esse negócio de morrer é paia de mais
Diego: Cala a boca imbecil quer morrer agora?
Junior: Não doutor de jeito nenhum ainda quero ver minha mãezinha
Carlos: Alguma coisa tá me dizendo pra não matar esse infeliz agora, vamos levar o elemento pro delegado
Junior (faz um gesto de quem tá agradecendo à Deus, Diego da uma olhada e um empurrão nele e enfim chegam à delegacia)
3º e ultimo ato
Delegado: vamos vocês aí gente, adianta o caso que eu já estou na minha hora
Carlos: é o seguinte Doutor a gente recolheu esse elemento como suspeito por estar rondando ali nas imediações do assalto logo após o acontecido
Delegado: já o revistaram?
Diego: pior é que não
Delegado: E porque o trouxeram aqui sem antes fazer isso?
Carlos: esse companheiro aí só pensa em matar, em prender e acabou que até eu esquecei esse detalhe.
Delegado: francamente, mais uma dessa e vocês serão punidos.Quem é o imbecil que comete um assalto e vai permanecer no mesmo local? Andando a esmo? É muita displicência mesmo e dos dois. Revistem-no
(eles abrem a mochila e tiram uma calça uma camisa umas meias sujas e fididas eles fazem um gesto sobre o mal cheiro e depois encontram a bíblia)
Carlos: Uma bíblia! Olha isso? (o delegado fica só olhando com um gesto de cenoura para os policiais. Carlos abre a bíblia e ver a carta Junior fica surpreso, pois não sabia)
Diego: olha aí um papel, Doutor delegado e é nele que deve ta anotado os esquemas do meliante
Delegado: silêncio por favor senhor Diego, prossiga senhor Carlos, faça a leitura dessa carta em voz alta por favor
Carlos: (lendo a carta) Junior meu filho querido, por saber que você é um filho de bênção. Quero aqui dado à falta de tempo deixar escrito, para que não esqueças que és o melhor filho do mundo e nós te amamos. Sei que Deus nesse momento estar te guardando e jájá você estará aqui pertinho da sua mãe como sempre esteve. Jesus te ama e os anjos do senhor estão acampados ao seu redor. Sei que saístes para refletir, ou até ver um emprego e quem sabe, Deus já até te abriu as portas de um. Pois você merece. Você é do senhor Jesus. Fostes consagrado a ele e merece o melhor de Deus. Sinta-se confortado nesse momento pelo bálsamo do senhor. Da sua mãe que te ama muito
Ana
(Junior fica fazendo gestos de agradecimento colocando as mãos pra cima)
Delegado: Voces viram a besteira que vocês fizeram? Trouxeram um crente pra delegacia... (Quando ele fala assim, Junior aponta para si mesmo como quem se pergunta eu? Crente? E faz um sinal de ok e sorrir baixinho) Eu tenho mais o que fazer, se é que vocês não tem, vão pentear macacos sumam daqui
Carlos: Doutor, até senti aqui dentro de mim, que esse menino tinha algo diferente
Delegado: Sumam daqui
Carlos: Sim senhor (saem de cena falando) tá vendo aí? Culpa tua com essa sede de matar faz até a gente fazer besteira
Diego: que nada rapá tu é que anda no mundo da lua parece que é lesado
Carlos: ah! Cala a boca aí meu irmão, é tu que anda bebendo em serviço
Diego: O que? Tu que vive enchendo a cara lá no bar da preta (e saem falando até La fora já baixinho palavras criadas por si mesmos ou qualquer coisa assim)
( o delegado que só observava a saída dois com as mãos no queixo fala: )
Delegado: Meu filho, junte suas coisas e volte pra casa. Sua mãe já deve está preocupada por culpa desses imbecis e tome mais cuidado quando andar por aí ah, e ore por mim viu garoto? (o delegado sai de cena pela porta do pátio)
Junior: sim senhor, vou orar muito mesmo (sai gritando pelo corredor da igreja agradecendo a Deus e à sua mãe) obrigado Deus, obrigado minha mãe
to livre desse inferno... (sai de cena)
(mãe e filha entram em cena vindo pela porta do pátio)
Ana: Hoje faz três dias que o meu filho saiu de casa, mas eu sei que Deus está cuidando dele por isso me sinto mais confortada
Miriam: que bom mãe graças à Deus que a senhora está bem, Deus tem ouvido suas orações e estar protegendo o Junior
(Junior entra pelo corredor gritando)
Junior: Mãããe eu voltei pra voces obrigado por me amar e por não desistir de mim, me perdoe, sua bíblia e sua carta me salvaram, eu quero orar e agradecer à Deus... Hoje eu quero dizer jesus eu te amo e te aceito como o senhor e salvador da minha vida amém?
(abraçam-se os três)
Ana: Esse é o nosso Deus e sua palavra se cumpre em nossas vidas, nunca desista dos seus filhos e nem dos filhos desse mundo que andam sedentos da palavra do nosso Deus, andam perdidos, desorientados e vazios quantos jovens tem perdido suas vidas no álg]coo, nas drogas e violências, é tempo de acordarmos, de fazer-mos missões é tempo de pregar, de orar e chorar pelos perdidos, desse sistema insano e tão cruel que impera no mundo contemporâneo. Vidas estão sendo ceifadas a todo instante e Jesus conta conosco para semear-mos a sua palavra, o seu amor, e adentrarmos o território do inimigo e saqueá-lo, porque ele é invasor e quer somente se vingar do homem, que é a imagem e semelhança de Deus seu maior adversário. É tempo de gurrearmos, de sair do nosso comodismo irmos em hospitais e presídios, irmos por toda parte é o nosso dever cumprir o ide de jesus e ganharmos as almas para o reino de Deus.... Que assim seja
Kainha Brito
FIM