Aprendendo com a vida dos outros lendo suas biografias (STEPHEN KING)

Olá, amigos leitores, tudo bem com vocês? Espero de todo coração que sim. Recentemente fui visitei um sebo e fiz algumas aquisições, entre elas os livros Sobre a escrita, de Stephen King, a biografia de King e a biografia de Tolkien. O primeiro ja devorei, o segundo está faltanto 1/3 e o terceiro estou na metade. As biografias são livros grandes, Tolkien tem 313 páginas e a de King, é um pouco maior, com 459 páginas. Mas a leitura é bastante suave.

 

Ler biografias é ter a oportunidade de compreender um pouco o mundo de alguém. Essa conversa de que uma pessoa de destaque forjou o seu sucesso talhando a si mesmo todos os dias como faz um escultor com uma pedra de mámore, é falsa, e nem tem mais graça sair por ai afirmando essas coisas. O escultor é bom? É! Mas quem lhe forneceu a pedra? E quem fez as ferramentas que ele está usando? E a ideia que o inspirou a fazer a gloriosa escultura veio de onde? Já aqui vemos que o artista não está só numa ilha. E lendo as biografias de King e Tolkien comprovamos quantas influências estes escritores tiveram, e no caso de King, ainda têm.

 

Falando do mestre do terror, acho que boa parte das pessoas tomaram conhecimento de sua obra justamente por meio do seu primeiro romance publicado, um livro de aproximadamente 174 páginas, a depender da tradutação: Carrie, ou Carrie a estranha. Na verdade, acredito que alguns tenham visto primeiro ao filme, senão isso, viu a pegadinha de Silvo Santos disponpivel no Youtube. Dos que realmente leram o livro creio que não foram muitos, ainda mais no pais onde boa parte ou compra um livro ou a mistura do almoço e a outra parte não ler porque julga que não é importante. Bem, acabo de fazer uma segunda leitura dele e como ninguém toma banho no mesmo rio como diria o filósofo, a segunda leitura nunca será igual a primeira.

 

Nessa segunda visita à Carrie eu tinha algumas informações adicionais que me fizeram entender um pouco melhor a mente do escritor. Na sua biografia e também no livro Sobre a Escrita, King revela de onde veio a sua inspiração para a menina telecinética, personagem principal do livro. Ele se baseou em duas colegas que estudaram com ele na escola. Dai nasceu Carrie. E como isso é fantástico. O autor busca na observação diária e cotidiana os elementos para a construção do seu universo.

 

Outra informação maravilha que colhi lendo a sua biografia e que foi aplicada à Carrie, é a imagem de Jesus cruscificado. Numa das casas de suas colegas havia uma dessas imagem de um Cristo sofredor a ponto de assustar um desavisado. E no livro essa imagem é bastante explorada.

 

Acabo de ler uma crítica na Folha Online: "Apesar de alguns defeitos graves, como personagens superficiais e um texto tosco, "Carrie, a Estranha" já traz alguns toques da genialidade de King, presentes em clássicos do terror...". Caramba, não vi esses defeitos graves e nem esses personagens superficiais, não. Na leitura sabemos que é e como é a mãe de Carrie, a própria Carrie, Sue, Billy e Cris, só para ficar nos principais. Não dá para exigir uma profundidade como a de Aliocha e seus irmãos como na obra de Dostoiésvski.

 

George Barbalho
Enviado por George Barbalho em 04/05/2024
Reeditado em 02/07/2024
Código do texto: T8056455
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