O FAMIGERADO PAULO COELHO - PARTE II
Amigo leitor, amiga leitora, meu último texto no Recanto foi sobre o livro O Alquimista de Paulo Coelho e volto para conversarmos mais um pouco, já que acabei de lê-lo. No texto anterior tive o prazer de receber meia dúzia de comentários que me estimularam a rabiscar essas outras linhas e o meu objetivo é fazer um diálogo com eles e um outro texto de um colega escritor aqui do Recanto, o Tristão de Tall. Para quem ainda não leu meu texto e agora ficou curioso, o seu título é O Famigerado Paulo Coelho (https://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/7750853).
O primeiro comentário foi do amigo escritor Orpheu Leal. Ele nos conta que Paulo Coelho foi relativamente aceito mas que aparentemente deu uma estagnada. Bem, o que eu posso dizer sobre isso é que se estagnou, estagnou bem. O homem tem mais de 300 milhões de livros vendidos no mundo, sendo o escritor brasileiro mais vendido de todos os tempos e o escritor mais traduzido do mundo. O cara é, ou foi, um fenômeno editorial de proporções global.
Outra comentarista e escritora aqui no Recanto, Hluna recomendou uma biografia do Mago escrita por Fernando Moraes e ela revelou ter alguns livros do PC, apesar de não ser o seu escritor preferido. Bem, acabei de ler O Alquimista e não achei nem sensacional e nem digno de ir para o lixo. Talvez a minha idade e experiência de mundo tenha me brindado contra o canto da seria no tocante ao apelo motiacional do livro. E assim como HLuna, não deu para morrer de amores pelo Mago e nem expurgá-lo da minha vida.
o terceiro comentário foi da recantista Lyzzi, que assim como eu, até ontem, fazia parte daqueles que estão passarinhado pela vida sem tomar conhecimento da obra de Paulo Coelho e nem por isso são pessoas piores ou melhores. Por seu comentário percebemos que é uma pessoa dada à leitura e até criou um clube do livro com outras amigas, mas o Mago não esteve presente entre as suas leituras. Ela busca uma justificativa válida: os comentários de terceiros. Realmente, não que comentários de outras pessoas sejam ruim, mas eles são capazes de enviesar a nossa experiência. Eu mesmo tenho textos comentando livros, sendo os principais aqueles que escrevi sobre a obra Dom Casmurro de MDA. Ali eu coloco o meu ponto de vista, meus sentimentos, minha visão e opinião. Talvez, e muitas vezes, alguns amigos ou leitores, comentando ou não, discordem de mim ou percam o interesse pela obra devido um comentário meu, que para mim está certo, mas que para o outro pode ser um repelente à obra. Por isso, adoto a técnica: se estou lendo uma obra, não busco nada refente a ela! Comentário, vídeo, filme, artigo, resenha... Nada. Sabe por quê? Para minha leitura não ser contaminada pelo que o outro pensa. Há quem faça a prática da leitura guiada, coisa e tal. Tudo bem! Mas, eu prefiro ir caminhando com meus pés, caso eu tenha dificuldade, após todos os meus esforços de leitor, então saio em busca de ajuda. Um apoio bastante satisfatório encontro no canal do Tiago Kondageski Literatura (https://www.youtube.com/@TiagoKondageskiLiteratura), mas como eu disse, só depois de tentar penetrar no texto.
Outro comentário que recebi foi do escritor Joaquim Lutero. Tenho o prazer de tê-lo como leitor e também de ler a sua obra. Ele começa falando dos esteriótipos que algumas pessoas criam sobre tudo, nesse caso, sobre os livros. "Ahhh... Machado de Assis é muito dificil!" "Lima Barreto não é para mim! "Não gosto de Jorge Amado porquê ele era macumbeiro..." "Paulo Coelho é auto ajuda, não gosto deste estilo." São esteriótipos e mais e mais, chega a abusa. É que não gosto muito de conversa comprida, mas no caso do O Alquimista de Paulo Coelho comprei uma briga pedagógica, como escrevi. Perguntei logo quais livros o crítico tinha lido de Paulo Coelho. A resposta foi um enorme grilo cantando pendurado em seu pescoço. É sobre isso que eu falo e o Joaquim arrematou. Esteriótipos. As pessoas falam do que ouviu falar e se acham cheios de argumentos para convencer outros desavisados.
A leitora Amanda K aborda um tema interessante para nós que escrevemos: publicidade. Muitos acusam o Mago de comprar propaganda para impulsionar os seus livros. Sabem o que penso sobre isso? Só lamento não ter dinheiro sobrando para fazer o mesmo. Ahhh se eu tivesse uma graninha... Pagava um agente, alugava uma grande livraria, metia publicidade nas redes sociais, contratava booktuber para falarem bem do meu livro e ainda pagava para uma galera fazer fila na frente do shopping esperando ele abrir para comprarem o meu livro e pegarem meu autógrafo. Os cantores sertanejos fazem isso com sucesso, ou você acha que a enorme quantidade de gente bonita por metro quadrado surge brota do nada?! "Mas, George, isso é antiético!" Onde está o pecado? Isso chama-se estratégia de vendas e posicionamento de mercado. Por que será que algumas marcas famosas compram espaço publicitário lá no superball a um preço quase que bilionário? Publicidade. Publicidade. Publicidade. Se o conteúdo de Paulo Coelho é bom ou ruim, vai depender de cada leitor, mas ele vendeu como se fosse o suprassumo da literatura e deu certo para ele.
E por último, o comentário do amigo escritor Tristão de Tall, que por coincidência também escreveu recentemente sobre Paulo Coelho. O texto dele é interesante porquê é escrito sob o ponto de vista de uma ex-leitora de Paulo Coelho, a Paula Coelho, aqui já achei hilária a coincidência. E o texto dele mostra as desventuras da pobre Paula e a sua busca em respaldar a sua vida nos ensinamentos do Mago, só que infelizmente, apesar de tanto buscar, nada encontra. Mas, há uma esperança. Uma filha psicóloga que nunca teve contato com o Mago, um alívio para a sua mãe.
Encerro por aqui estes rabiscos, mas não abandono o assunto. Ainda volto para falar sobre a Alma do Mundo e como podemos fazer o Universo conspirar a nosso favor, estou pensando em publicar em breve algo que me foi revelado e que vai mudar a vida de muitas pessoas, inclusive a de Paula Coelho. Não perdem por esperar.
O FAMIGERADO PAULO COELHO I https://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/7750853