O  FAMIGERADO PAULO COELHO

Amigo leitor, amiga leitora,  muito obrigado por despender um pouco do seu tempo para ler estes meus rabiscos. Um dia desses, um amigo me questionou o porquê do meu sumiço no mundo das letras. E a respsota é simples: estou meio sumido, justamente por estar lendo mais livros. Mas, apareceu agora a opotunidade e vou aproveitá-la falando um pouco sobre um  autor brasileiro. O mais traduzido do mundo e o mais vendido nesse Brasilsão de meu Deus. Só um de seus livros já atingiu a marca de 150.000.000 de cópias vendidas pelo mundo a fora. Já sabem de quem estou falando? Dele: Paulo Coelho!

 

"Vixxxe, George! Tem o que fazer não? Falar desse cara?" É! Paulo Coelho é o escritor da semana aqui no meu Recanto! "Mas..." Sem mais e sem menos! "Ele é muito ruim... Suas histórias são rasas e cheias de auto ajuda..." Certo. Você fez uma crítica ao "Mago", ok! Seu direito! Mas, qual livro você já leu dele? 

 

A conversa do parágrafo anterior eu tive com alguns colegas de profissão e de igreja e de rua. De forma proposital, eu andei alguns dias com o livro "O Alquimista" debaixo do meu braço e lendo à vista de todos. No suprmercado, no café, na praça, só para ver  a reação o que provocaria nas pessoas. E pode acreditar, amigo leitor, parecia que eu estava lendo um dos livros contidos no Index Librorum Prohibitorum. Foram inúmeras caretas, olhares tortos e o constante questionamento: "Pra ler isso?" Era aproveitando todas as deixas  lançava uma réplicar inesperada: E você já leu este ou algum outro livro de Paulo Coelho? Inacreditavelmente a resposta era um tímido não. Então, eu empurava mais fundo a espada do contrangimento: E como você sabe se este livro é bom ou não, se nunca nem leste?  Moralmente, eu percebia o meu interlocutor procurando um buraco para escoder a cabeça.

 

O Alquimista é o primeiro livro de Paulo Coelho leio. E talvez, esse preconceito imaginário tenha sido o responsável por minha falta de interesse em conhecer a obra do autor. Estou lendo e gostando. Claro, não dá para comparar com Machado de Assis, Lima Barreto, Zé Lins do Rego, e outros clássicos nacionais. O Alquimista está mais para o Monge e o Executivo. Algo próximo de Augusto Cury, na minha opinião. Explora temas voltados para a motivação, busca de sonhos e crescimento pessoal e outros temas que estão relacionados à moda coach.

 

A história do livro não é ruim. Um jovem pastor que não quer passar a vida como um pastor; quer conhecer o mundo e seus segredos. É a historia de uma jornada pessoal junto com um pouco de religião, exoterismo, filosofia barata e por ai vai. Como passatempo, é uma excelente recomendação. Claro que não é um livro de estudo da literatura com aspectos de escolas literárias A ou B ou C e que possam nos conduzir a formulações de teses sobre o comportamento humano e psicológico coisa e tal (vai depender do ponto de vista de quem ler, os coahs discordariam de mim...). E, também, acredito que não farei releituras e mais releituras como fiz com o Dom Casmurro de Machado de Assis. Mas, isso é a minha opinião, quem sabe já existe até alguma dissertação ou tese que tome Paulo Coelho e sua obra como objeto de estudo. Afinal, o cara é um fenômeno literário.

 

Ainda não terminei o livro, faltam  apenas 20 páginas. Mas, o que eu tiro de lição desta leitura é aquilo que o Apóstolo Paulo nos ensina em 1 Tessalonicenses capítulo 5, verso 21: "Provai tudo e retende o que é bom." Recomendo que leia sem preconceitos, e no mais, é só seguir o conselho de São Paulo.

 

 

 

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George Barbalho
Enviado por George Barbalho em 28/03/2023
Reeditado em 29/03/2023
Código do texto: T7750853
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