Apologia de Sócrates
Platão nasceu na cidade de Atenas em 428a.C, foi discípulo de Sócrates e professor de Aristóteles. Indiscutivelmente um dos mais importantes filósofos da Grécia Antiga. Sócrates em vida, não escreveu nenhum dos seus ensinamentos. Foi o seu discípulo Platão que tratou de divulgar a sua filosofia, e em 387 a.C funda sua academia em Atenas. Seu falecimento é em sua cidade natal no ano de 348 a.C. O Banquete e a República, talvez sejam as obras mais conhecidas de Platão.
Durante o inverno de 399 a.C, apresentou Meleto, juntamente com Anito e Lícon, ao rei de Atenas uma queixa contra Sócrates. Agora o réu, diante de um tribunal composto por 556 juízes, iria apresentar a sua defesa, cujo objetivo era absolvê-lo da condenação de morte. Uma fiança fora estipulada, no entanto, Sócrates optou por sua apologia.
A queixa dizia que o filósofo cometia crime corrompendo os jovens e por não considerar como deuses os deuses que a cidade considera, acrescentando ainda outras novas divindades. A implicância toda dos gregos era por causa dessa afirmação do filósofo: “Socrates dizia que Deus não se assemelhava a nenhum ser que conhecemos ou possamos conhecer, e que é ímpio representa-lo por imagens. Dizia que “cada homem é um caso, mas há em cada ser humano um deus, o qual, se tu quiseres, ordenará, em cosmos e em felicidade, o teu caos doloroso”.
Em todo tempo do seu julgamento, Sócrates estava tranquilo, querendo unicamente pregar para os presentes sobre a verdadeira justiça, que em momento algum deve se corromper. Um trecho que ilustra muito bem isso, é quando os seus discípulos, já cientes que ele tinha sido condenado a tomar cicuta, propõe para ele uma fuga, imediatamente ele contesta, dizendo: “Minha fuga seria a morte da minha palavra, a morte do meu pensamento. Conservando a vida, eu me tornaria indigno. Minha palavra, espalhada e amada, , pode fazer algum bem. Não me peças que eu mate a minha palavra. Outros juízes poderão se precaver contra a injustiça e outros inocentes podem ser poupados. Seria covardia e crueldade não procurar salvá-los. ”
Enquanto escrevia a sua resposta, estava aqui pensando, pelo menos líderes e políticos poderiam ter uma aulinha com o dr. Sócrates, rs.
ISBN – 97885209-2585-0
Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2011
Tradução – Maria Lacerda de Moura
88 páginas
Platão nasceu na cidade de Atenas em 428a.C, foi discípulo de Sócrates e professor de Aristóteles. Indiscutivelmente um dos mais importantes filósofos da Grécia Antiga. Sócrates em vida, não escreveu nenhum dos seus ensinamentos. Foi o seu discípulo Platão que tratou de divulgar a sua filosofia, e em 387 a.C funda sua academia em Atenas. Seu falecimento é em sua cidade natal no ano de 348 a.C. O Banquete e a República, talvez sejam as obras mais conhecidas de Platão.
Durante o inverno de 399 a.C, apresentou Meleto, juntamente com Anito e Lícon, ao rei de Atenas uma queixa contra Sócrates. Agora o réu, diante de um tribunal composto por 556 juízes, iria apresentar a sua defesa, cujo objetivo era absolvê-lo da condenação de morte. Uma fiança fora estipulada, no entanto, Sócrates optou por sua apologia.
A queixa dizia que o filósofo cometia crime corrompendo os jovens e por não considerar como deuses os deuses que a cidade considera, acrescentando ainda outras novas divindades. A implicância toda dos gregos era por causa dessa afirmação do filósofo: “Socrates dizia que Deus não se assemelhava a nenhum ser que conhecemos ou possamos conhecer, e que é ímpio representa-lo por imagens. Dizia que “cada homem é um caso, mas há em cada ser humano um deus, o qual, se tu quiseres, ordenará, em cosmos e em felicidade, o teu caos doloroso”.
Em todo tempo do seu julgamento, Sócrates estava tranquilo, querendo unicamente pregar para os presentes sobre a verdadeira justiça, que em momento algum deve se corromper. Um trecho que ilustra muito bem isso, é quando os seus discípulos, já cientes que ele tinha sido condenado a tomar cicuta, propõe para ele uma fuga, imediatamente ele contesta, dizendo: “Minha fuga seria a morte da minha palavra, a morte do meu pensamento. Conservando a vida, eu me tornaria indigno. Minha palavra, espalhada e amada, , pode fazer algum bem. Não me peças que eu mate a minha palavra. Outros juízes poderão se precaver contra a injustiça e outros inocentes podem ser poupados. Seria covardia e crueldade não procurar salvá-los. ”
Enquanto escrevia a sua resposta, estava aqui pensando, pelo menos líderes e políticos poderiam ter uma aulinha com o dr. Sócrates, rs.
ISBN – 97885209-2585-0
Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2011
Tradução – Maria Lacerda de Moura
88 páginas