Macunaíma, o herói sem nenhum caráter
Mário Raul de Morais Andrade nasceu no dia 09 de outubro de 1893, na cidade de São Paulo. É considerado por muitos estudiosos, como o principal expoente da chamada “fase heroica” do Modernismo Paulista, podendo ser o maior intelectual do Brasil do século XX. Ao longo de seus 51 anos de vida, atuou tanto no campo artístico quanto no político. Sua obra Paulicéia Desvairada é considerada por muitos, como a obra que deu marco o movimento modernista de 1922. Mário de Andrade faleceu na sua cidade natal no dia 25 de fevereiro de 1945.
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói sem nenhum caráter da nossa gente. Já na meninice, seus atos eram dignos de Assombração. Os seis primeiros anos da sua vida foram passados na maior letargia, em completa mudez e se alguém o incitava, ia logo dizendo: Ai! Que preguiça. Tinha o poder de se transformar em animais e em outras pessoas. Além de não gostar de trabalhar, era muito mentiroso e libertino. Enfim o livro, conta as suas façanhas, quase todas, assustadoras.
É uma obra muito complexa. Talvez, por eu não ser um profundo conhecedor da cultura brasileira, uma vez que ela faz a divulgação de muitas lendas e crenças, em alguns momentos enfadei-me.
A obra trata também da expectativa do autor traçar uma identidade do povo brasileiro. Por se tratar das culturas regionalistas é muito peculiar a linguagem coloquial.
Lendo o livro, podemos observar que o povo brasileiro é carente de uma verdadeira identidade, tanto que Macunaíma é considerado um referencial para o povo com toda falta de caráter. Parece uma gozação, mas é a pura realidade.
Macunaíma, retrata aquele típico brasileiro que sempre gosta de levar vantagem em tudo, independentemente dos artifícios que sejam usados.
Enquanto lia as façanhas de Macunaíma, a visão dos políticos brasileiros, vinham em minha mente, com toda exatidão.
Não sei se é por causa da minha senilidade, estava totalmente desprovido de malícia. Apenas quase no meio do livro, que fui entender que as muitas brincadeiras que Macunaíma gostava de fazer eram as relações sexuais. Eu imagino que na visão do autor, o povo brasileiro, além de preguiçoso, mentiroso, a única coisa que sabe fazer é furunfar, rs. Macunaíma era tão sacana, que o crápula não perdoava nem as mulheres dos seus dois irmãos, Maanape e Jiguê.
ISBN – 978-65-599-7004-8
Principis, Jandira, SP, 2020
Terceira edição
176 páginas
Mário Raul de Morais Andrade nasceu no dia 09 de outubro de 1893, na cidade de São Paulo. É considerado por muitos estudiosos, como o principal expoente da chamada “fase heroica” do Modernismo Paulista, podendo ser o maior intelectual do Brasil do século XX. Ao longo de seus 51 anos de vida, atuou tanto no campo artístico quanto no político. Sua obra Paulicéia Desvairada é considerada por muitos, como a obra que deu marco o movimento modernista de 1922. Mário de Andrade faleceu na sua cidade natal no dia 25 de fevereiro de 1945.
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói sem nenhum caráter da nossa gente. Já na meninice, seus atos eram dignos de Assombração. Os seis primeiros anos da sua vida foram passados na maior letargia, em completa mudez e se alguém o incitava, ia logo dizendo: Ai! Que preguiça. Tinha o poder de se transformar em animais e em outras pessoas. Além de não gostar de trabalhar, era muito mentiroso e libertino. Enfim o livro, conta as suas façanhas, quase todas, assustadoras.
É uma obra muito complexa. Talvez, por eu não ser um profundo conhecedor da cultura brasileira, uma vez que ela faz a divulgação de muitas lendas e crenças, em alguns momentos enfadei-me.
A obra trata também da expectativa do autor traçar uma identidade do povo brasileiro. Por se tratar das culturas regionalistas é muito peculiar a linguagem coloquial.
Lendo o livro, podemos observar que o povo brasileiro é carente de uma verdadeira identidade, tanto que Macunaíma é considerado um referencial para o povo com toda falta de caráter. Parece uma gozação, mas é a pura realidade.
Macunaíma, retrata aquele típico brasileiro que sempre gosta de levar vantagem em tudo, independentemente dos artifícios que sejam usados.
Enquanto lia as façanhas de Macunaíma, a visão dos políticos brasileiros, vinham em minha mente, com toda exatidão.
Não sei se é por causa da minha senilidade, estava totalmente desprovido de malícia. Apenas quase no meio do livro, que fui entender que as muitas brincadeiras que Macunaíma gostava de fazer eram as relações sexuais. Eu imagino que na visão do autor, o povo brasileiro, além de preguiçoso, mentiroso, a única coisa que sabe fazer é furunfar, rs. Macunaíma era tão sacana, que o crápula não perdoava nem as mulheres dos seus dois irmãos, Maanape e Jiguê.
ISBN – 978-65-599-7004-8
Principis, Jandira, SP, 2020
Terceira edição
176 páginas