A Relíquia
José Maria Eça de Queirós nasceu em 25 de novembro de 1845, na província de Póvoa de Varzim, Portugal. Seus pais eram José Maria Teixeira de Queirós e Carolina Augusta Pereira d’Eça. Aos 16 anos, foi cursar Direito na Universidade de Coimbra, ao terminar seu curso em 1866, mudou-se para Lisboa, exercendo a advocacia e o jornalismo. Em 1870 publicou sua primeira obra “O mistério da estrada de Sintra”. Doente, Eça faleceu em 16 de agosto de 1900, em sua residência, na cidade de Neuilly-sur-Seine, perto de Paris.
Através desse romance, o autor faz severas críticas para a igreja, juntamente com a burguesia usando a sátira. Logo após a morte do seu pai, Teodorico Raposo era ainda criança, sete anos, fora morar em Lisboa, na casa da sua tia, d. Maria do Patrocínio, cujo apelido era Titi.
Titi, era solteirona, beata, carola por natureza, ricaça, sendo Teodorico seu único parente. Teodorico era muito ganancioso, e sempre teve a ambição de herdar a fortuna da solteirona, sem falar que não podia ver um rabo de saia, tamanha era a sua devassidão.
Sendo assim, era preciso que o jovem fizesse alguma coisa, se quisesse conquistar a simpatia, consequentemente herdar a fortuna de sua tia. O único impedimento era que a senhora sua tia era muito beata, puritana, voltadas para as coisas do alto. Com o fim de alcançar a simpatia da tia, Teodorico passou a viver uma vida dúbia. Na presença de Titi, se passava como um verdadeiro santo, falando das coisas celestiais, infelizmente na sua ausência, a devassidão falava mais alto e os leitos mais concupiscentes era o seu destino.
Teodorico estava até indo bem, na vida dupla que levava, pois Titi, empolgada com seu sobrinho, achando que ele, era mesmo muito puro, incumbiu ao jovem uma missão. Teodorico iria fazer uma viagem em Jerusalém, e lá deveria encontrar uma relíquia, com a qual, d. Maria do Patrocínio, viesse a ser curada. A viagem foi um sucesso, sua dubiedade também. O que Teodorico não imaginava, que ao invés de entregar o embrulho, onde deveria estar contido a relíquia, ele entregou foi a camisola da amante que conhecera na viagem, com o seguinte recadinho: “Ao meu Teodorico, meu portuguesinho possante, em lembrança do muito que gozamos! Assinado, M. M... A camisa de dormir da Mary!
Foi justamente nesse acidente, que a vaca foi para o brejo, e a herança do pobre Teodorico também...
ISBN – 978-85-943-1889-3
Principis, Jandira, SP, 2019
Segunda edição
224 páginas
José Maria Eça de Queirós nasceu em 25 de novembro de 1845, na província de Póvoa de Varzim, Portugal. Seus pais eram José Maria Teixeira de Queirós e Carolina Augusta Pereira d’Eça. Aos 16 anos, foi cursar Direito na Universidade de Coimbra, ao terminar seu curso em 1866, mudou-se para Lisboa, exercendo a advocacia e o jornalismo. Em 1870 publicou sua primeira obra “O mistério da estrada de Sintra”. Doente, Eça faleceu em 16 de agosto de 1900, em sua residência, na cidade de Neuilly-sur-Seine, perto de Paris.
Através desse romance, o autor faz severas críticas para a igreja, juntamente com a burguesia usando a sátira. Logo após a morte do seu pai, Teodorico Raposo era ainda criança, sete anos, fora morar em Lisboa, na casa da sua tia, d. Maria do Patrocínio, cujo apelido era Titi.
Titi, era solteirona, beata, carola por natureza, ricaça, sendo Teodorico seu único parente. Teodorico era muito ganancioso, e sempre teve a ambição de herdar a fortuna da solteirona, sem falar que não podia ver um rabo de saia, tamanha era a sua devassidão.
Sendo assim, era preciso que o jovem fizesse alguma coisa, se quisesse conquistar a simpatia, consequentemente herdar a fortuna de sua tia. O único impedimento era que a senhora sua tia era muito beata, puritana, voltadas para as coisas do alto. Com o fim de alcançar a simpatia da tia, Teodorico passou a viver uma vida dúbia. Na presença de Titi, se passava como um verdadeiro santo, falando das coisas celestiais, infelizmente na sua ausência, a devassidão falava mais alto e os leitos mais concupiscentes era o seu destino.
Teodorico estava até indo bem, na vida dupla que levava, pois Titi, empolgada com seu sobrinho, achando que ele, era mesmo muito puro, incumbiu ao jovem uma missão. Teodorico iria fazer uma viagem em Jerusalém, e lá deveria encontrar uma relíquia, com a qual, d. Maria do Patrocínio, viesse a ser curada. A viagem foi um sucesso, sua dubiedade também. O que Teodorico não imaginava, que ao invés de entregar o embrulho, onde deveria estar contido a relíquia, ele entregou foi a camisola da amante que conhecera na viagem, com o seguinte recadinho: “Ao meu Teodorico, meu portuguesinho possante, em lembrança do muito que gozamos! Assinado, M. M... A camisa de dormir da Mary!
Foi justamente nesse acidente, que a vaca foi para o brejo, e a herança do pobre Teodorico também...
ISBN – 978-85-943-1889-3
Principis, Jandira, SP, 2019
Segunda edição
224 páginas