O Cortiço

Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís do Maranhão, em 14 de abril de 1857 e morreu em Buenos Aires na Argentina, em 21 de janeiro de 1913. Desde cedo, conviveu com o preconceito, pois a união de seus pais era vista como um grande escândalo na sociedade da época, pois a mãe de Aluísio, Emília Amália Pinto de Magalhães, já havia sido casada e separou-se do primeiro marido, vivendo, sem a aprovação da igreja, com o vice-cônsul de Portugal, David Gonçalves de Azevedo. Sua estreia na literatura Brasileira foi com publicação em 1880, do livro “Uma Lágrima de Mulher”.
Por ser uma obra do naturalismo brasileiro, O Cortiço faz pesadas críticas à sociedade carioca, e consequentemente brasileira. O romance denuncia todo tipo das mazelas sociais enfrentadas pelos moradores do cortiço e pelas pessoas ligadas a ele no Rio de Janeiro, durante o século XIX. João Romão, Bertoleza, Pombinha, Rita Baiana, Piedade, Jerônimo, Leocádia, Zulmira, Estela, Miranda. Ninguém passará ileso da análise impiedosa do autor. Ganância, homossexualismo, prostituição, pobreza, exploração dos fracos, preconceitos tudo é registrado diante dos olhos de Aluísio Azevedo.
Mesmo sabendo que a escravatura, vem sendo consumada desde o descobrimento do Brasil, é inconcebível saber que um ser humano possa escravizar outrem de forma tão impiedosa. Esse fato é registrado no livro através de João Romão, dono do cortiço, movido pela ambição material, faz da sua amante Bertoleza, sua escrava, sugando-lhe toda gota de sangue da pobre coitada e no fim, acaba livrando-se dela enviando-a ao seu antigo dono. Dessa forma, ficou isento de qualquer responsabilidade com a escrava, ficando livre para que pudesse casar com Zulmira, filha de Miranda.
 
ISBN – 978-85-943-1883-1
Principis, Jandira, SP, 2019
Terceira edição
224 páginas.

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 11/06/2020
Código do texto: T6973817
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