Memórias póstumas de Brás Cubas
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro em 1839. Era filho de um mulato pintor de parede e uma lavadeira. Ficou órfão muito cedo, sendo criado pela madrasta Maria Inês. Sofria de epilepsia, gagueira e era muito tímido. Como não tinha condições para estudar, estudou por sí próprio, revelando-se um excelente autodidata. Somente, a partir da sua consolidação na carreira burocrática, pôde iniciar sua vasta produção literária.
Memórias póstumas de Brás Cubas, obra publicada em 1881, conta a história do irreverente Brás Cubas, personagem tipicamente burguês, sem objetivos e bastante contraditório que resolve escrever sua história depois de morto, tornando-se o primeiro autor defunto.
Esse é um romance totalmente atípico de Machado de Assis, a começar pelo defunto autor, que inicia o livro falando do dia em que morreu. Brás faleceu às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na sua bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuindo trezentos contos. No dia do seu velório, apenas onze pessoas estavam presentes, entre elas, Virgília, o grande amor da sua vida.
O jovem nasceu em 1805, filho de uma família nobre. Na sua infância, fora um menino muito peralta, devido suas peraltices, recebera a alcunha de menino-diabo. Quando tinha nove anos, flagrou Dona Eusébia beijando um homem casado, atrás de uma moita, e saiu espalhando para todo mundo.
Na sua adolescência conhecera o seu primeiro amor, Marcela, uma espanhola, que era cortesã. Inicialmente o seu pai apoiava essa relação, no entanto, quando ele constatou que Brás pegava dinheiro dele para comprar presentes para sua amante. Tratou logo de correr com o larápio, enviou para estudar em Lisboa, onde faria o curso de Direito. Brás afirmara que Marcela o amou por quinze meses e onze conte de réis.
Não muito dado ao estudo, faz apenas o necessário para ser aprovado e pegar o seu diploma. Quando sua mãe adoece, seu pai mandou que ele retornasse ao Brasil. Sua mãe acaba falecendo, deixando-o muito triste.
Brás conheceu Virgília, aquela que chorou intensamente no seu velório. Começou a namorar com ela, mas como não decidia nada, acabou perdendo sua amada, para Lobo Neves, casando-se com ele.
Nesse interim, conhece Eugênia, filha da dona Eusébia que foi flagrada na moita. Começa a flertar com ela, mas quando fica sabendo que ela é manca, acaba rompendo o namoro.
Depois de um certo tempo, Brás reencontra com Virgília, que mesmo casada, decide ter um relacionamento com seu ex-namorado. Então eles resolvem montar uma casa para realizarem os seus encontros amorosos e dona Plácida, amiga de Virgília tomava conta da casa. Brás gostara tanto dessa ideia, que resolveu presentear Plácida com cinco contos de réis.
Essa relação perdura por muitos anos, até que Lobo Neves é transferido para o Norte, para administrar a província do Maranhão, somente com esse fato, a relação dos pombinhos tem um ponto final.
Depois disso conheceu Nhã-Loló, e a pedido de sua irmã Sabina, até pensou em casar-se com ela, mas a jovem infelizmente falecera aos 19 anos.
No final, Brás encasqueta com a ideia de fazer um emplastro. Isso tornou-se uma obsessão. Segundo o inventor, esse era um medicamento sublime, um emplastro anti-hipocondríaco, destinado a aliviar a nossa melancólica humanidade. Infelizmente, Brás fora vencido por uma pneumonia, colocando fim nos seus sonhos.
Essa é uma obra totalmente atípica de Machado de Assis, não apenas pela denominação de defunto autor. A dedicatória do livro é direcionada “Ao verme, que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver”. Outra singularidade desse livro é o excessivo número de capítulos, cento e sessenta. Requintado de muita ironia. O autor abusa da comunicação com o leitor, fazendo de forma excessiva e finalmente há várias aparições de Quincas Borba. Na sua primeira aparição, Quincas era um mendigo e acaba roubando o relógio de Brás. Relógio esse, que mais tarde, seria restituído por Quincas, uma vez, que o mendigo recebera uma herança. Aproveitando essa restituição, Quincas fará a divulgação do humanitismo, sua nova filosofia, que iria desbancar todas as outras. Somente dez anos, após a edição desse livro, Machado de Assis iria editar o livro de Quincas Borba.
ISBN – 978-85-943-1861-9
Editora Principis, Jandira, SP, 2019
Terceira edição
192 páginas
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro em 1839. Era filho de um mulato pintor de parede e uma lavadeira. Ficou órfão muito cedo, sendo criado pela madrasta Maria Inês. Sofria de epilepsia, gagueira e era muito tímido. Como não tinha condições para estudar, estudou por sí próprio, revelando-se um excelente autodidata. Somente, a partir da sua consolidação na carreira burocrática, pôde iniciar sua vasta produção literária.
Memórias póstumas de Brás Cubas, obra publicada em 1881, conta a história do irreverente Brás Cubas, personagem tipicamente burguês, sem objetivos e bastante contraditório que resolve escrever sua história depois de morto, tornando-se o primeiro autor defunto.
Esse é um romance totalmente atípico de Machado de Assis, a começar pelo defunto autor, que inicia o livro falando do dia em que morreu. Brás faleceu às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na sua bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuindo trezentos contos. No dia do seu velório, apenas onze pessoas estavam presentes, entre elas, Virgília, o grande amor da sua vida.
O jovem nasceu em 1805, filho de uma família nobre. Na sua infância, fora um menino muito peralta, devido suas peraltices, recebera a alcunha de menino-diabo. Quando tinha nove anos, flagrou Dona Eusébia beijando um homem casado, atrás de uma moita, e saiu espalhando para todo mundo.
Na sua adolescência conhecera o seu primeiro amor, Marcela, uma espanhola, que era cortesã. Inicialmente o seu pai apoiava essa relação, no entanto, quando ele constatou que Brás pegava dinheiro dele para comprar presentes para sua amante. Tratou logo de correr com o larápio, enviou para estudar em Lisboa, onde faria o curso de Direito. Brás afirmara que Marcela o amou por quinze meses e onze conte de réis.
Não muito dado ao estudo, faz apenas o necessário para ser aprovado e pegar o seu diploma. Quando sua mãe adoece, seu pai mandou que ele retornasse ao Brasil. Sua mãe acaba falecendo, deixando-o muito triste.
Brás conheceu Virgília, aquela que chorou intensamente no seu velório. Começou a namorar com ela, mas como não decidia nada, acabou perdendo sua amada, para Lobo Neves, casando-se com ele.
Nesse interim, conhece Eugênia, filha da dona Eusébia que foi flagrada na moita. Começa a flertar com ela, mas quando fica sabendo que ela é manca, acaba rompendo o namoro.
Depois de um certo tempo, Brás reencontra com Virgília, que mesmo casada, decide ter um relacionamento com seu ex-namorado. Então eles resolvem montar uma casa para realizarem os seus encontros amorosos e dona Plácida, amiga de Virgília tomava conta da casa. Brás gostara tanto dessa ideia, que resolveu presentear Plácida com cinco contos de réis.
Essa relação perdura por muitos anos, até que Lobo Neves é transferido para o Norte, para administrar a província do Maranhão, somente com esse fato, a relação dos pombinhos tem um ponto final.
Depois disso conheceu Nhã-Loló, e a pedido de sua irmã Sabina, até pensou em casar-se com ela, mas a jovem infelizmente falecera aos 19 anos.
No final, Brás encasqueta com a ideia de fazer um emplastro. Isso tornou-se uma obsessão. Segundo o inventor, esse era um medicamento sublime, um emplastro anti-hipocondríaco, destinado a aliviar a nossa melancólica humanidade. Infelizmente, Brás fora vencido por uma pneumonia, colocando fim nos seus sonhos.
Essa é uma obra totalmente atípica de Machado de Assis, não apenas pela denominação de defunto autor. A dedicatória do livro é direcionada “Ao verme, que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver”. Outra singularidade desse livro é o excessivo número de capítulos, cento e sessenta. Requintado de muita ironia. O autor abusa da comunicação com o leitor, fazendo de forma excessiva e finalmente há várias aparições de Quincas Borba. Na sua primeira aparição, Quincas era um mendigo e acaba roubando o relógio de Brás. Relógio esse, que mais tarde, seria restituído por Quincas, uma vez, que o mendigo recebera uma herança. Aproveitando essa restituição, Quincas fará a divulgação do humanitismo, sua nova filosofia, que iria desbancar todas as outras. Somente dez anos, após a edição desse livro, Machado de Assis iria editar o livro de Quincas Borba.
ISBN – 978-85-943-1861-9
Editora Principis, Jandira, SP, 2019
Terceira edição
192 páginas