Poetizo, logo existo

Gilson Ivan Lacerda prado é natural do Prado-Bahia. Em Minas gerais, na região do Vale do Aço, foi onde viveu a maior porção da sua vida, atualmente mora na cidade de Mucuri-Bahia. É graduado em Administração, formado na Estácio de Sá de São José-SC e graduado em Teologia, sendo concluído seu curso no Seminário Batista de Florianópolis-SC.
Poetizo, logo existo é a primeira obra editada pelo autor. Ele não se considera um escritor, mas um entusiasta. Essa obra é fruto de pensamento, mas de muita inspiração. Talvez o leitor não encontre muita técnica, mas com certeza, encontrará muito sentimento, emoções provindas do coração, principalmente do cotidiano. Eis alguns poemas dessa obra.
Na concepção do autor esse soneto, é o poema de maior inspiração.

O Amor
 
O amor é fogo que incendeia a alma
Posso não vê-lo, mas posso senti-lo
Sua dor é invisível, porém marcante
Apesar do incômodo, se encanta.
 
Desvencilhar-se dele é impossível
Por que meu coração cativo estar
Como escravo desse amor, sempre serei
Porque, contudo, dele sinto falta.
 
Diante da existência desse amor
Tristeza e alegria andarão juntas
Paradoxo sempre eterno será
 
Mas ao mesmo tempo, como ele é doce
Causando-nos uma certa dependência
Viva. Que ele sempre possa reinar.
 

Esse outro poema, relembra o tempo que o autor visitou os amigos na cidade de Arvorezinha-RG, cidade pacata e hospitaleira
 

Arvorezinha
 
Arvorezinha do meu Brasil
Povo lindo e hospitaleiro
Como é doce recordar
Os tempos de outrora
 
Imagino que nesse inverno
A nostalgia por lá, deve vagar
As ruas largas e espaçosas
Vazias devem estar
 
Porque esse povo acolhedor
Encolhidinhos devem estar
Nas cozinhas a prosar
Diante dos fogões a lenha
 
Como era maravilhoso
Os contos, as piadas, os risos
Que dentro daquela alcova
Alegrava os corações
 
Arvorezinha de encantos mil
Os pássaros refugiados
Assertivamente devem estar
Cessando assim o canto
 
Rogarei a ti Arvorezinha
Para que continues assim
Tão linda e encantadora
E amável como tu és

 
Outro poema que segundo o autor é muito belo, é esse poema que fala sobre o Redentor
 

Redentor
 
Como pode um rei...
Que vive num paraíso
Cheio de encantamentos
Onde a justiça e o amor
São a base do seu reino
Despojar-se da sua Glória
E de repente vir viver
No nosso mundo decadente
Assim fez o redentor
Não julgou com usurpação
Ser igual a Deus
Antes a si mesmo se esvaziou
Assumindo a forma de servo
Reconhecido em figura humana
Poderia muito bem...
Ter nascido num berço de ouro
Mas optou pela manjedoura
Ali no seu nascimento
Já lançou por terra
Toda sorte de preconceitos
Cresceu e viveu entre nós
Realizou muitas curas e milagres
Foi um propagador...
Do amor e do perdão
Mas mesmo assim infelizmente...
Não conseguiu agradar a todos
Com toda sua vida de retidão
A inveja foi ponto crucial
Para que julgassem e o condenassem
Num madeiro fora crucificado
Uma coroa de espinhos
Foi o seu galardão
Espancaram e judiaram-lhe
Até que seu corpo fora aniquilado
No mundo das trevas ficou
Mas ao terceiro dia
Venceu a morte e ressuscitou
E a destra do Pai assentou
Tudo isso Ele fez
Para que a nossa humanidade
Fadada ao fracasso
Fosse por Ele restaurada
Através da sua redenção.
 

 
ISBN – 978-85-300-1138-3
Editora Viseu, Maringá, PR, 2019
72 páginas
 
 
 
 

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 05/06/2020
Código do texto: T6968062
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