O Diário de Anne Frank
Mais de 7 décadas se passaram, e o “Diário de Anne Frank” é um dos livros mais vendidos em todos os tempos. Foi traduzido para 60 idiomas, virou filme, peça de teatro, minissérie, desenho animado e histórias em quadrinhos.
Esse livro registra o diário de Annelies Marie Frank, que nasceu no dia 12 de junho de 1929, e quatros anos depois emigrou, juntamente com a sua família para a Holanda, onde seu pai tornou diretor da Travis A-G.
Devido a ocupação nazista da Holanda e a ferrenha perseguição aos judeus, o pai de Frank juntamente com o seu sócio tomara a decisão de ir morarem no último andar do prédio. Convictos disso, a partir de julho de 1942 passaram a morar de forma clandestina no último andar do prédio. Ao todo foram 8 pessoas para o esconderijo, a família de Anne, mais o casal Van Daan e seu filho Peter e mais um amigo.
Por mais de dois anos eles ficaram confinados naquele local, foi aí que Anne aproveitando um caderno que ganhara de presente de aniversário, tivera a brilhante ideia de fazer o diário daqueles anos de tormenta. Arrumou uma amiga imaginária e dera a ela o nome de Kitty.
Imagino a pressão psicológica que teve essas pessoas ao longo desse tempo, sabendo que a qualquer momento a Gestapo poderiam encontra-los ali, sem falar nas bombas que a qualquer momento poderia alvejar o prédio.
Quero deixar uma das partes mais chocantes do livro, que aliás é o grande questionamento da humanidade. Essa passagem está registrada na página 158: “Talvez você não compreenda que aqui surja tantas vezes a pergunta desesperada: por que e para que é esta guerra? Por que é que os homens não podem viver em paz? Para que tantas destruições? Essas perguntas são legítimas, mas até agora ninguém soube encontrar uma resposta satisfatória. Por que é que na Inglaterra se constroem aviões cada vez maiores, bombas cada vez mais pesadas e, ao mesmo tempo, se reconstroem tantas casas?
Por que é que se gastam todos os dias milhões para a guerra, se não há dinheiro para a Medicina, para os artistas e para os pobres? Por que é que há homens passando fome se, em outros continentes, apodrecem alimentos? Por que é que os homens são tão insensatos?
Não acredito que a culpa da guerra seja só dos governantes e dos capitalistas. Não, o homem comum também tem a sua culpa, pois não se revolta. O homem nasce com o instinto da destruição, do massacre, da fúria, e enquanto toda a humanidade não sofrer uma metamorfose total, haverá sempre guerras. O que se construiu e cultivou e o que cresceu será destruído, e à humanidade só resta recomeçar”.
Esse era o questionamento de uma adolescente de quinze anos que estava no corredor da morte, que manteve sua fé e esperança sempre intacta, apesar de toda essa provação. Infelizmente, o fim dessa história, não foi a que esperávamos, e Anne Frank morreu em um campo de concentração, pouco antes do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.
ISBN – 978-85-94318-28-2
Tradução – Georgia Mariano
Principis, Jandira, SP, 2018
192 páginas
Mais de 7 décadas se passaram, e o “Diário de Anne Frank” é um dos livros mais vendidos em todos os tempos. Foi traduzido para 60 idiomas, virou filme, peça de teatro, minissérie, desenho animado e histórias em quadrinhos.
Esse livro registra o diário de Annelies Marie Frank, que nasceu no dia 12 de junho de 1929, e quatros anos depois emigrou, juntamente com a sua família para a Holanda, onde seu pai tornou diretor da Travis A-G.
Devido a ocupação nazista da Holanda e a ferrenha perseguição aos judeus, o pai de Frank juntamente com o seu sócio tomara a decisão de ir morarem no último andar do prédio. Convictos disso, a partir de julho de 1942 passaram a morar de forma clandestina no último andar do prédio. Ao todo foram 8 pessoas para o esconderijo, a família de Anne, mais o casal Van Daan e seu filho Peter e mais um amigo.
Por mais de dois anos eles ficaram confinados naquele local, foi aí que Anne aproveitando um caderno que ganhara de presente de aniversário, tivera a brilhante ideia de fazer o diário daqueles anos de tormenta. Arrumou uma amiga imaginária e dera a ela o nome de Kitty.
Imagino a pressão psicológica que teve essas pessoas ao longo desse tempo, sabendo que a qualquer momento a Gestapo poderiam encontra-los ali, sem falar nas bombas que a qualquer momento poderia alvejar o prédio.
Quero deixar uma das partes mais chocantes do livro, que aliás é o grande questionamento da humanidade. Essa passagem está registrada na página 158: “Talvez você não compreenda que aqui surja tantas vezes a pergunta desesperada: por que e para que é esta guerra? Por que é que os homens não podem viver em paz? Para que tantas destruições? Essas perguntas são legítimas, mas até agora ninguém soube encontrar uma resposta satisfatória. Por que é que na Inglaterra se constroem aviões cada vez maiores, bombas cada vez mais pesadas e, ao mesmo tempo, se reconstroem tantas casas?
Por que é que se gastam todos os dias milhões para a guerra, se não há dinheiro para a Medicina, para os artistas e para os pobres? Por que é que há homens passando fome se, em outros continentes, apodrecem alimentos? Por que é que os homens são tão insensatos?
Não acredito que a culpa da guerra seja só dos governantes e dos capitalistas. Não, o homem comum também tem a sua culpa, pois não se revolta. O homem nasce com o instinto da destruição, do massacre, da fúria, e enquanto toda a humanidade não sofrer uma metamorfose total, haverá sempre guerras. O que se construiu e cultivou e o que cresceu será destruído, e à humanidade só resta recomeçar”.
Esse era o questionamento de uma adolescente de quinze anos que estava no corredor da morte, que manteve sua fé e esperança sempre intacta, apesar de toda essa provação. Infelizmente, o fim dessa história, não foi a que esperávamos, e Anne Frank morreu em um campo de concentração, pouco antes do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.
ISBN – 978-85-94318-28-2
Tradução – Georgia Mariano
Principis, Jandira, SP, 2018
192 páginas