A Descoberta da América pelos Turcos
Jorge Leal Amado de Faria nasceu em Itabuna no dia 10 de agosto de 1912. Sua obra é farta e já foi traduzida em 80 países, Entre suas principais obras estão: Jubiabá, Mar Morto, Tenda dos Milagres, Tieta do Agreste, Dona Flor e seus dois maridos, Gabriela Cravo e Canela, O Amor do Soldado. Jorge Amado veio a falecer na cidade de Salvador, no dia 06 de agosto de 2001.
Esse romance conforme revelado pelo próprio autor, foi encomendado por uma estatal italiana que decidira comemorar o Quinto Centenário da Descoberta da América publicando um livro com três histórias de autores americanos: um de língua inglesa, o norte-americano Norman Mailer, um de língua espanhola, o mexicano Carlos Fuentes e um de língua portuguesa, Jorge Amado.
Diferentemente dos espanhóis e portugueses, a descoberta das Américas pelos turcos (melhor dizendo árabes), deu-se com um grande atraso no início do século passado, mais precisamente n0 ano de 1903, quando desembarcaram no sul da Bahia o moço Jamil Bichara, o douto Raduan Murad e outros árabes. Jamil Bichara fixou residência em Itaguassu, já Raduan Murad foi morar na próspera cidade de Itabuna.
Mais especificamente a história trata de um acordo que Ibrahim Jafet fizera a Jamil Bichara, por intermédio de Raduan Murad. O acordo era o seguinte: Jafet daria a Jamil, sociedade no seu armarinho, desde que o seu sócio aceitasse casar com a sua filha primogênita. As três irmãs mais novas eram todas casadas, somente Adma estava encravada, mas também tinha razão, ela era um verdadeiro trabuco, toda desengonçada, irritada, toda espevitada.
Por pensar que iria ter parte no armarinho, essa proposta até que mexeu com a cabeça de Jamil, mas ainda não convicto, o jovem pedira um tempo para pensar. Como ele demorava a dar a resposta, afinal de contas tinha que medir os prós e os contras, Raduan resolveu comentar esse acordo com outro jovem, Adib Barud que mostrou interessado no caso.
Um belo dia, quando Adma voltava da casa da sua irmã, uma tropa de burros, saiu desembestada pela rua. A solteirona fechou os olhos, achando que o choque com os animais seria inevitável. Quando ela abriu os olhos, estava no paraíso, e quem era o anjo, o jovem Adib Barud. O jovem que já estava procurando um meio para chegar na senhorita, aproveitou a oportunidade e passou o xaveco, foi quando ele percebeu que a feiosa, não era tão feiosa assim, e que tinha outros atributos.
Jamil o outro interessado, mas que custou a tomar uma decisão, quando foi na casa de Ibrahim Jafet, para dar o sim do acordo, chegou tarde demais. Ele chegou justamente quando o pai de Adma deu o sim, concordando em dar a mão de sua filha para Adib Barud.
A história é até hilariante, mas como o próprio autor havia dito, o romance foi encomendado.
CDD 869.93
Record, Rio de Janeiro, 1994
192 páginas
Jorge Leal Amado de Faria nasceu em Itabuna no dia 10 de agosto de 1912. Sua obra é farta e já foi traduzida em 80 países, Entre suas principais obras estão: Jubiabá, Mar Morto, Tenda dos Milagres, Tieta do Agreste, Dona Flor e seus dois maridos, Gabriela Cravo e Canela, O Amor do Soldado. Jorge Amado veio a falecer na cidade de Salvador, no dia 06 de agosto de 2001.
Esse romance conforme revelado pelo próprio autor, foi encomendado por uma estatal italiana que decidira comemorar o Quinto Centenário da Descoberta da América publicando um livro com três histórias de autores americanos: um de língua inglesa, o norte-americano Norman Mailer, um de língua espanhola, o mexicano Carlos Fuentes e um de língua portuguesa, Jorge Amado.
Diferentemente dos espanhóis e portugueses, a descoberta das Américas pelos turcos (melhor dizendo árabes), deu-se com um grande atraso no início do século passado, mais precisamente n0 ano de 1903, quando desembarcaram no sul da Bahia o moço Jamil Bichara, o douto Raduan Murad e outros árabes. Jamil Bichara fixou residência em Itaguassu, já Raduan Murad foi morar na próspera cidade de Itabuna.
Mais especificamente a história trata de um acordo que Ibrahim Jafet fizera a Jamil Bichara, por intermédio de Raduan Murad. O acordo era o seguinte: Jafet daria a Jamil, sociedade no seu armarinho, desde que o seu sócio aceitasse casar com a sua filha primogênita. As três irmãs mais novas eram todas casadas, somente Adma estava encravada, mas também tinha razão, ela era um verdadeiro trabuco, toda desengonçada, irritada, toda espevitada.
Por pensar que iria ter parte no armarinho, essa proposta até que mexeu com a cabeça de Jamil, mas ainda não convicto, o jovem pedira um tempo para pensar. Como ele demorava a dar a resposta, afinal de contas tinha que medir os prós e os contras, Raduan resolveu comentar esse acordo com outro jovem, Adib Barud que mostrou interessado no caso.
Um belo dia, quando Adma voltava da casa da sua irmã, uma tropa de burros, saiu desembestada pela rua. A solteirona fechou os olhos, achando que o choque com os animais seria inevitável. Quando ela abriu os olhos, estava no paraíso, e quem era o anjo, o jovem Adib Barud. O jovem que já estava procurando um meio para chegar na senhorita, aproveitou a oportunidade e passou o xaveco, foi quando ele percebeu que a feiosa, não era tão feiosa assim, e que tinha outros atributos.
Jamil o outro interessado, mas que custou a tomar uma decisão, quando foi na casa de Ibrahim Jafet, para dar o sim do acordo, chegou tarde demais. Ele chegou justamente quando o pai de Adma deu o sim, concordando em dar a mão de sua filha para Adib Barud.
A história é até hilariante, mas como o próprio autor havia dito, o romance foi encomendado.
CDD 869.93
Record, Rio de Janeiro, 1994
192 páginas