As aventuras do engenhoso fidalgo Dom Quixote de La Mancha

Miguel de Cervantes Saavedra nasceu em Alcalá, na Espanha, em 1547. Lutando contra os turcos, perdeu a mão esquerda na batalha de Lepanto. Em 1575, enquanto voltava para a Espanha, foi aprisionado pelos mouros e levado cativo para a Argélia, onde permaneceu até 1580. Libertado, mudou-se para Madri. As aventuras do engenhoso fidalgo Dom Quixote de La Mancha foi publicado em 1605. Além desse romance, o autor escreveu também novelas e outros textos, vindo a falecer em 1616. Para muitos, esse livro, marca o início do romance moderno.
Num certo lugar de La Mancha, vivia um fidalgo espanhol, cujo nome era Quijano, que gostava muito de ler, principalmente livros de romances de cavalaria. Ele vendeu parte do terreno da fazenda para comprar livros. Morava com Quijano, sua ama, sua sobrinha e um senhor que auxiliava nos trabalhos da fazenda, que financeiramente não ia muito bem.
A sua paixão pelos livros  era tão grande, que um belo dia ele resolveu largar tudo, para viver as aventuras de um cavaleiro andante. A primeira coisa que fez foi tirar da prateleira as armas que pertenciam aos seus bisavôs, que estavam enferrujadas e tratou de consertá-las. A verdade é que com alguns improvisos, pedaços de ferro e alguns, papelões ele fez sua armadura. Achou conveniente mudar o seu nome, e passou a chamar Dom Quixote de La Mancha, o seu cavalo passou a chamar Rocinante e a partir de então saiu pelo mundo a fora em busca de aventuras com o propósito de ajudar os mais necessitados. Sua primeira viagem durou pouco tempo, retornando à sua fazenda. Os seus familiares achando que ele estava ficando doido, resolveu dar fim nos seus livros, fazendo uma bela fogueira. Novamente resolveu voltar para o campo de batalha. Dessa vez levando o seu fiel escudeiro Sancho Pança, que era seu vizinho e trabalhava na lavoura. Todo cavaleiro andante carrega consigo uma dama no coração, com Dom Quixote não foi diferente. No passado, perto da sua casa, trabalhava uma lavradora, cujo nome era Aldonça Lourenço, pela qual ele se apaixonara, porém, a jovem de nada sabia. Foi ela a sua dama, que também teve seu nome mudado, passou a chamar  Dulcinéia Del  Teboso.
Esse livro é um clássico da literatura mundial, é um pouco complexo, mas é um livro muito interessante. Dom Quixote, com certeza, pela grande maioria, será chamado de louco, mas certamente terão aqueles que o chamarão de um gênio. Pode se dizer que Dom Quixote é um livro de contos, devido as várias histórias que vão surgindo, com o desenrolar da sua história, e entre elas gostaria de citar duas. Uma mostrando seu acesso de loucura e a outra mostrando sua sensibilidade.
Dom Quixote e seu escudeiro estavam caminhando, quando de repente avistaram uns moinhos. O pobre cavaleiro andante, tratou logo de empinar o seu cavalo, e partiu em disparada com sua lança querendo acertar os gigantes, mesmo ouvindo seu escudeiro dizer que eram moinhos. Acabou se dando mal, sendo pendurado pelo moinho, rs.
Num certo local existia uma jovem, muito formosa, admirada por toda a aldeia. Vários rapazes, apaixonaram por ela, e ela se mostrava indiferente a todos eles. Para evitar as pessoas, ela ficava mais pelos montes, pastoreando suas cabras. Um rapaz, cujo nome era Crisóstomo, não aguentando mais a rejeição de Marcela, acabou suicidando. Na hora do seu sepultamento, quando estava, todos os amigos e parentes indignados, xingando a pastora, ela aparece do meio do mato e começa a fazer a sua defesa, perante todos, quando termina, simplesmente vira as costas e vai embora. Somente Dom Quixote, foi capaz de entender o seu discurso e dar-lhe razão.
Creio que todos nós temos um pouco de Dom Quixote. Quem de nós, nunca tivemos um amor utópico, quem nunca cometeu um ato insano?
Se você nunca leu esse romance, vale a pena conhecê-lo.
 
ISBN – 978-85-254-1376-5
Tradução – Viscondes de Castilho e Azevedo
L&PM, Porto Alegre, 2010
512 páginas

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 09/05/2020
Código do texto: T6942567
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