Clara dos Anjos
Romance escrito por Lima Barreto, que devido ao realismo que representou a sociedade carioca, no início do século XX, alcançou lugar de destaque na nossa literatura.
Esse romance foi concluído, somente após a morte do autor em 1922 e relata a história da jovem Clara dos Anjos, bonita mulata do subúrbio, criada com todo mimo e carinho pelos pais, de origem humilde, sendo seduzida e abandonada por Cassi, um rapaz branco, totalmente sem escrúpulos.
Conforme afirmação do autor esse sujeito, é o tipo de mau caráter que dentro da nossa sociedade tem de montão: “nunca suportara um emprego, e a deficiência de sua instrução impedia-o que obtivesse um de acordo com as pretensões de muita coisa que herdara da mãe; além disso, devido à, sua educação solta, era incapaz para o trabalho assíduo, seguido, incapacidade que, agora, roçava pela moléstia. A mórbida ternura da mãe por ele, a que não eram estranhas as suas vaidades pessoais, junto à indiferença desdenhosa do pai, com o tempo, fizeram de Cassi o tipo mais completo de vagabundo doméstico que se pode imaginar. É um tipo bem brasileiro”. O sujeito era tão ordinário, que até um assassinato cometeu para que o plano de conquista de Clara não fosse atrapalhado.
O sujeito era tão cara de pau, que simplesmente pelo fato de tocar um violão e cantar algumas modinhas seduzia as jovens e mulheres casadas, uma vez de posse da sua presa e saciado, simplesmente as abandonavam e desaparecia.
Lima Barreto foi um representante das classes mais pobres, moradoras do subúrbio, como ele mesmo ressalta “O subúrbio é o refúgio dos infelizes. Os que perderam o emprego, as fortunas, os que faliram nos negócios, enfim, todos que perderam sua situação normal vão se aninhar lá; e todos os dias, bem cedo, lá descem à procura de amigos fiéis que os amparem, que lhes doem alguma coisa, para sustento seu e dos filhos”.
Como não podia faltar, esse texto é permeado de críticas para a sociedade da época.
ISBN – 978-85-349-3163-2
Paulus, São Paulo, 2008
152 páginas
Romance escrito por Lima Barreto, que devido ao realismo que representou a sociedade carioca, no início do século XX, alcançou lugar de destaque na nossa literatura.
Esse romance foi concluído, somente após a morte do autor em 1922 e relata a história da jovem Clara dos Anjos, bonita mulata do subúrbio, criada com todo mimo e carinho pelos pais, de origem humilde, sendo seduzida e abandonada por Cassi, um rapaz branco, totalmente sem escrúpulos.
Conforme afirmação do autor esse sujeito, é o tipo de mau caráter que dentro da nossa sociedade tem de montão: “nunca suportara um emprego, e a deficiência de sua instrução impedia-o que obtivesse um de acordo com as pretensões de muita coisa que herdara da mãe; além disso, devido à, sua educação solta, era incapaz para o trabalho assíduo, seguido, incapacidade que, agora, roçava pela moléstia. A mórbida ternura da mãe por ele, a que não eram estranhas as suas vaidades pessoais, junto à indiferença desdenhosa do pai, com o tempo, fizeram de Cassi o tipo mais completo de vagabundo doméstico que se pode imaginar. É um tipo bem brasileiro”. O sujeito era tão ordinário, que até um assassinato cometeu para que o plano de conquista de Clara não fosse atrapalhado.
O sujeito era tão cara de pau, que simplesmente pelo fato de tocar um violão e cantar algumas modinhas seduzia as jovens e mulheres casadas, uma vez de posse da sua presa e saciado, simplesmente as abandonavam e desaparecia.
Lima Barreto foi um representante das classes mais pobres, moradoras do subúrbio, como ele mesmo ressalta “O subúrbio é o refúgio dos infelizes. Os que perderam o emprego, as fortunas, os que faliram nos negócios, enfim, todos que perderam sua situação normal vão se aninhar lá; e todos os dias, bem cedo, lá descem à procura de amigos fiéis que os amparem, que lhes doem alguma coisa, para sustento seu e dos filhos”.
Como não podia faltar, esse texto é permeado de críticas para a sociedade da época.
ISBN – 978-85-349-3163-2
Paulus, São Paulo, 2008
152 páginas