Um campo vasto

Se para muitos a derrubada do muro de Berlim e a reunificação do Ocidente e do Oriente da Alemanha é tida como algo positivo, todavia o autor Gunter Grass, não compartilha dessa visão, discordando plenamente, sendo que nesse romance ele faz duras críticas ao governo alemão, não isentando de críticas ao chanceler alemão Helmut Kohl e a Treuhand, órgão governamental responsável pelas vendas das empresas estatais da antiga Alemanha Oriental e segundo ele eram responsáveis pelo enriquecimento dos empresários ocidentais, saqueando a metade oriental pobre e indefesa.
O romance começa relatando a queda do muro de Berlin, De repente duas figuras totalmente antagônicas, aproximam-se da Potsdamer Platz. Um é alto e magro, caminha a passos largos, usa bengala e um cachecol com pontas que tremulam ao vento; o outro é baixo e gorducho, carrega uma carteira cheia de documentos. Eles atravessam a fronteira recém-aberta e dobram à direita, na direção do portão de Brandemburgo.
Essa dupla totalmente antagônica, são os protagonistas dessa história. Um é Theo Wuttke, a quem todos chamavam de Fonty. O outro, é sua Sombra Diuturna, Ludwig Hoftaller, cuja vida pregressa apareceu no mercado livreiro ocidental sob o nome de Talhover. Eles vão revivendo o passado histórico do país, e ao longo dos comentários, nem o governo é poupado, sofrendo duras críticas.
Na minha concepção, esse romance foi escrito para o povo alemão, sendo que sua tradução careceu de notas explicativas, tornando o mesmo maçante e indigesto, embora o autor seja um expoente da literatura alemã.
 
ISBN – 85-01-04577-2
Tradução – Lya Luft
Record, Rio de Janeiro, 1998
612 páginas

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 02/12/2019
Código do texto: T6808964
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