Cândido
Voltaire como deísta, acreditava em um ser superior, cuja explicação era de forma racional, diferentemente da igreja através dos dogmas e tradições, cujo elemento seria a fé. Foi um dos principais pensadores do iluminismo, consequentemente um opositor ferrenho da Igreja Católica, que juntamente com os governos, ditavam o curso da sociedade através da opressão e da manipulação. Ele também era um ferrenho defensor da total liberdade de expressão e de credo.
Em quase todas as suas obras, a ironia era um fator marcante, e nessa obra ele usou e abusou dela, para criticar principalmente Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716), teísta, precursor do Leibnizianismo que era fundamentada no Otimismo: O melhor dos mundos possíveis.
A grande crítica de Voltaire era como pode um Deus justo e perfeito, permitir que o mal e suas desgraças possam alcançar o homem, uma vez que ele é a principal criação de Deus, sendo que o mesmo se importava com ela.
O livro conta a história de um jovem muito íntegro, com um espírito muito simples, talvez por essa razão chamava Cândido, sempre fora criado pelo senhor barão Thunder-tem-tronckh no seu castelo, na Vestefália. Os criados mais antigos, suspeitavam que ele poderia ser filho da irmã do barão, uma vez que a mesma não quisesse casar com o seu partido, talvez até mesmo por causa da situação financeira dele. Ele fora educado por Pangloss, filósofo, que era o oráculo. Seu mestre era seguidor de Leibiniz.
Tudo seguia a maior paz, nesse que era o melhor dos mundos possíveis até o jovem apaixonar pela filha do barão, Cunegundes, que era linda e formosa. Um belo dia os jovens foram flagrados pelo barão que indignado, expulsou o rapaz com chutes no traseiro.
Fugira para uma cidadezinha, com o propósito de um dia buscar sua amada. Alistara no exército Búlgaro e a partir de então, Cândido passaria por uma série de tragédias, entre elas: tempestade, naufrágio, terremotos, açoites, etc.
O jovem que fora ensinado, sabendo que nada acontecia sem causa, que Deus sempre reservaria o melhor para ele, começa a se questionar, o motivo de tanta desgraça.
Finalmente depois de rodar três continentes, ele encontraria a sua amada, mas o seu pai também, o barão, na casa do príncipe na Transilvânia. Cunegundes havia perdido toda beleza, agora era feia e disforme. Cândido sempre acreditou que aquele mundo era o melhor possível, sendo assim, manteve firme seu pensamento e casou com a sua Idolatrada.
O livro inteiro é recheado de críticas para o Cristianismo, Islamismo e Judaísmo e também para as formas de governo vigente naquela época. Sendo assim, Voltaire não poderia perder a oportunidade de encerrar o livro, com uma pitada de ironia ao otimismo que era defendido pelo mestre de Cândido, que compartilharei aqui com vocês.
“Às vezes Pangloss dizia a Cândido: Todos os acontecimentos estão encadeados no melhor dos mundos possíveis; pois, afinal, se não tivesses sido expulso de um belo castelo com grandes pontapés no traseiro, por causa do amor da senhorita Cunegundes, se não fosse apanhado pela inquisição, se não tivesse percorrido a América a pé, se não tivesses dado uma boa espadada no barão, se não tivesses perdido todos os seus carneiros do bom país de Eldorado, não estarias comendo aqui cidras em caldas e pistaches. _ Isso está bem dito, respondeu Cândido, mas é preciso cultivar nosso jardim.”
ISBN – 85-336-1727-5
Terceira edição
Martins Fontes – SP – 2003
Tradução – Maria Ermantina Galvão
208 páginas
Voltaire como deísta, acreditava em um ser superior, cuja explicação era de forma racional, diferentemente da igreja através dos dogmas e tradições, cujo elemento seria a fé. Foi um dos principais pensadores do iluminismo, consequentemente um opositor ferrenho da Igreja Católica, que juntamente com os governos, ditavam o curso da sociedade através da opressão e da manipulação. Ele também era um ferrenho defensor da total liberdade de expressão e de credo.
Em quase todas as suas obras, a ironia era um fator marcante, e nessa obra ele usou e abusou dela, para criticar principalmente Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716), teísta, precursor do Leibnizianismo que era fundamentada no Otimismo: O melhor dos mundos possíveis.
A grande crítica de Voltaire era como pode um Deus justo e perfeito, permitir que o mal e suas desgraças possam alcançar o homem, uma vez que ele é a principal criação de Deus, sendo que o mesmo se importava com ela.
O livro conta a história de um jovem muito íntegro, com um espírito muito simples, talvez por essa razão chamava Cândido, sempre fora criado pelo senhor barão Thunder-tem-tronckh no seu castelo, na Vestefália. Os criados mais antigos, suspeitavam que ele poderia ser filho da irmã do barão, uma vez que a mesma não quisesse casar com o seu partido, talvez até mesmo por causa da situação financeira dele. Ele fora educado por Pangloss, filósofo, que era o oráculo. Seu mestre era seguidor de Leibiniz.
Tudo seguia a maior paz, nesse que era o melhor dos mundos possíveis até o jovem apaixonar pela filha do barão, Cunegundes, que era linda e formosa. Um belo dia os jovens foram flagrados pelo barão que indignado, expulsou o rapaz com chutes no traseiro.
Fugira para uma cidadezinha, com o propósito de um dia buscar sua amada. Alistara no exército Búlgaro e a partir de então, Cândido passaria por uma série de tragédias, entre elas: tempestade, naufrágio, terremotos, açoites, etc.
O jovem que fora ensinado, sabendo que nada acontecia sem causa, que Deus sempre reservaria o melhor para ele, começa a se questionar, o motivo de tanta desgraça.
Finalmente depois de rodar três continentes, ele encontraria a sua amada, mas o seu pai também, o barão, na casa do príncipe na Transilvânia. Cunegundes havia perdido toda beleza, agora era feia e disforme. Cândido sempre acreditou que aquele mundo era o melhor possível, sendo assim, manteve firme seu pensamento e casou com a sua Idolatrada.
O livro inteiro é recheado de críticas para o Cristianismo, Islamismo e Judaísmo e também para as formas de governo vigente naquela época. Sendo assim, Voltaire não poderia perder a oportunidade de encerrar o livro, com uma pitada de ironia ao otimismo que era defendido pelo mestre de Cândido, que compartilharei aqui com vocês.
“Às vezes Pangloss dizia a Cândido: Todos os acontecimentos estão encadeados no melhor dos mundos possíveis; pois, afinal, se não tivesses sido expulso de um belo castelo com grandes pontapés no traseiro, por causa do amor da senhorita Cunegundes, se não fosse apanhado pela inquisição, se não tivesse percorrido a América a pé, se não tivesses dado uma boa espadada no barão, se não tivesses perdido todos os seus carneiros do bom país de Eldorado, não estarias comendo aqui cidras em caldas e pistaches. _ Isso está bem dito, respondeu Cândido, mas é preciso cultivar nosso jardim.”
ISBN – 85-336-1727-5
Terceira edição
Martins Fontes – SP – 2003
Tradução – Maria Ermantina Galvão
208 páginas