Não Verás País Nenhum

O aumento da temperatura terrestre vem causando furor na humanidade. Uns dizem que o aquecimento global é uma farsa e outros argumentam que é o fim do mundo. Todos nós já ouvimos relatos disso tudo e de suas possíveis consequências. Mas creio que não há experiência melhor, em visualizar o futuro macabro que nos espera, do que ler este livro (profético).

“Não Verás País Nenhum” conta a história de Souza, um burguês que perde seu status e acaba virando mendigo numa São Paulo do amanhã. Mas o que interessa aqui não é a trajetória do protagonista, mas sim o que ele nos conta. E o que acaba nos mostrando é uma cidade deteriorada, insuportavelmente quente e super-populada. Há tanta gente que o Esquema (sistema de governo vigente) introduz as fichas de circulação, geralmente restritas apenas à região de residência do portador. Nesse futuro não haverá água que acabou sendo substituída por urina reciclada. E o calor é tanto que o governo inaugura uma obra faraônica, chamada de “A Grande Marquise” para proteger os moribundos do Sol.

Nessa narrativa, o autor passa sensação de que tudo, nesse amanhã negro, é padronizado, tudo muito controlado, rígido, robótico. Não existe mais o direito da livre circulação, pois não há espaço para tal façanha. Souza também se tornou (a meu ver) um esteriótipo do brasileiro, que mesmo descontente com os governantes, aceita de bom grado tudo o que estes dão àqueles (mais por impotência do que por vontade).

O aumento da temperatura terrestre vem causando furor na humanidade. Uns dizem que o aquecimento global é uma farsa e outros argumentam que é o fim do mundo. Todos nós já ouvimos relatos disso tudo e de suas possíveis consequências. Mas creio que não há experiência melhor, em visualizar o futuro macabro que nos espera, do que ler este livro (profético).

“Não Verás País Nenhum” conta a história de Souza, um burguês que perde seu status e acaba virando mendigo numa São Paulo do amanhã. Mas o que interessa aqui não é a trajetória do protagonista, mas sim o que ele nos conta. E o que acaba nos mostrando é uma cidade deteriorada, insuportavelmente quente e super-populada. Há tanta gente que o Esquema (sistema de governo vigente) introduz as fichas de circulação, geralmente restritas apenas à região de residência do portador. Nesse futuro não haverá água que acabou sendo substituída por urina reciclada. E o calor é tanto que o governo inaugura uma obra faraônica, chamada de “A Grande Marquise” para proteger os moribundos do Sol.

Nessa narrativa, o autor passa sensação de que tudo, nesse amanhã negro, é padronizado, tudo muito controlado, rígido, robótico. Não existe mais o direito da livre circulação, pois não há espaço para tal façanha. Souza também se tornou (a meu ver) um esteriótipo do brasileiro, que mesmo descontente com os governantes, aceita de bom grado tudo o que estes dão àqueles (mais por impotência do que por vontade).

O livro, no geral, é muito pessimista, o que realmente será o nosso futuro se andar conforme o roteiro. Mas mesmo nessa obra há uma luz no fim do túnel quando nas últimas páginas Souza sente a umidade aumentar indicando que haverá chuva dentro de pouco tempo. Mas na realidade talvez não haja essa ponta de esperança. Essa publicação tem muita coisa em comum com outro livro escrito por Daniel Fresnot, “A Terceira Expedição”, que fala de um Brasil pós-Guerra Nuclear. Falarei desta história futuramente.

Como havia dito no texto anterior, eu pensava que “Não Verás País Nenhum” e “O Elixir da Longa Vida” fossem ter lições de vida ou um fundo moral. Mas apenas a obra de Loyola Brandão possui tal mensagem. Este livro é daqueles que marca a vida do leitor e comigo não foi diferente. Quando eu presenciar todas essas catástrofes irei lembrar desta história.

FICHA TÉCNICA:

Nome: Não Verás País Nenhum

Autor: Ignácio de Loyola Brandão

Páginas: 328

Editora: Codecri/Círculo do Livro

Edição: Integral

Ano: 1982

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