Visita a New York (extraído do livro Álbum de Recordações)

Minha primeira viagem internacional foi à New York – The Big Apple. Alguém já disse e eu confirmo: New York deve ser vista deitado. O alto dos gigantes edifícios não poderá ser visto de outra forma.

O Empire State Building é hoje o maior edifício da cidade, depois de Osama Bin Laden ter derrubado o World Trade Center, com seus 110 metros apontados para o firmamento, imponentes e desafiadores. As duas torres eram vistas de qualquer ponto da cidade. Essa obra de engenharia admirável não sobreviveu à sanha dos inimigos da liberdade.

Um passeio de barco pelos rios East e Hudson encanta pela oportunidade de se contemplar a Estátua da Liberdade (presente dos franceses ao povo americano), as Torres gêmeas (ainda existentes à época de minhas visitas à cidade), o Empire State, o edifício das Nações Unidas e milhares de outros espigões aglomerados e vistosos.

A Ponte do Brooklyn, construída em 1883, e a Ponte de Manhattan, ambas ligando o famoso bairro à ilha, são belezas moldadas pelo homem através de sua engenharia criativa e funcional.

Nas visitações ao centro da famosa citi, conheci a catedral de St. Patrick, na 5ª Avenida, construída em 1880, em estilo neogótico, e o Rockfeller Center, erigido em 1930, contando com atrativa pista para patinação no gelo, além de convidativos cafés e restaurantes.

O Trump Tower, também situado na 5ª Avenida, majestoso edifício construído em aço e concreto pelo magnata Donald Trump, encanta o visitante pela arquitetura arrojada e imponente.

O Central Park é outro ponto inesquecível, principalmente no inverno, coberto de neve, com esquilos saltitando pelas copas das árvores. As carruagens puxadas a cavalo são outro ponto que satisfaz ao turista.

O Metropolitan Museum e o Museu de História Natural são imperdíveis locais de visitação. O primeiro, por ser repositório da arte e da cultura universal; o segundo, pela indescritível, magnífica e fantástica mostra de variados seres que povoaram a natureza em passado remoto.

Na Broadway, encontram-se casas de espetáculos realmente espetaculares. Ali podem ser vistos e apreciados inesquecíveis musicais, excelentes peças de teatro e tudo o mais que showbiz americano oferece.

A Avenida Time Square é ornamentada por enormes painéis luminosos e ocupada por bons restaurantes e cafés apinhados de gente. O leito da rua está sempre congestionado de carros, as calçadas largas são transitadas por pessoas de variadas nacionalidades, trajando roupas de grife, outras nem tanto, algumas coloridas e exóticas.

A Wall Street, centro financeiro do mundo, e a little Brazil, pequena rua ocupada por comerciantes brasileiros vendendo produtos quase sempre desconhecidos de nós, aqui da terrinha, são pontos de visitação obrigatória.

Freqüentei restaurantes típicos de países representados na grande metrópole e visitei Greenwich Village, bairro em estilo londrino, cujos cafés expõem mesas nas calçadas. Ali se come um bom salmão e se degustam excelentes vinhos nacionais, da Califórnia, e estrangeiros, de todas as nacionalidades.

Deixei-me fotografar ao lado da estátua de Jack, O Estripador, exposta em uma vitrina da região. Jack, o leitor sabe, foi ... Depois eu conto!

Estive em Chinatown, bairro chinês que lembra qualquer cidade brasileira, desorganizada e suja; é populosamente habitado, com barracas de produtos à venda em exposição nas calçadas, limitando os espaços aos transeuntes.

Naquele bairro, comi um pato laqueado, aprovando-o quanto ao sabor, porém sem garantir a higiene com que fora preparado. Chinês, sabe como é ...

Visitei outros lugares. Não os relato por perda de memória ou pela relativa desimportância em descrevê-los.

Em New York, durante certa viagem acompanhado de minha esposa, de um irmão e sua mulher, fomos roubados em um restaurante enquanto almoçávamos. Levaram os nossos passaportes, passagens aéreas de retorno ao Brasil, máquinas fotográficas, cartões de crédito e alguns dólares conduzidos por minha mulher e minha cunhada, em suas abarrotadas bolsas de mão. Fomos roubados dentro do restaurante, a partir da mesa vizinha.

Naquela hora, as exaustas senhoras descansavam os pés das longas caminhadas, enquanto matavam a fome que as consumia.

Ao meu irmão, o único versado em inglês em nosso pequeno grupo, coube comunicar o ocorrido aos cartões de crédito, através de telefone público, ao lado de um policial que vez ou outra lhe fornecia uma moeda de vinte e cinco centavos de dólar para alimentar a ligação.

Interessante: fomos roubados no auge da execução do programa “Tolerância Zero”, que notabilizou o então prefeito da cidade, Rudolph Giuliani. Chegamos à triste conclusão de que não é só no Brasil que se rouba, embora em nosso país esse mau hábito tenha virado rotina. Senão, veja o que fazem os nossos políticos.

New York é muito mais do que me foi possível relatar, baseado em minhas experiências de viagens. Como incipiente turista, sem estar afeito a um bom “Diário de Ocorrências”, deixei de anotar importantes informações.

Essa falha valeu-me como experiência para a viagem à Europa. Dali, extraí o máximo possível de conhecimento para transmiti-lo a você, caro leitor.

Antes desse momento, porém, ainda falarei de outras passagens por terras americanas, como visitas aos famosos cassinos de Atlantic City, de onde saí trinta dólares mais pobre, à cidade de Miami e aos parques da Disney World.

O jogo é uma tentação que não me fascina.

A diversão sadia e inocente, sim.

Em Miami e nos parques da Disney World, aproveitei ao máximo os dias de cansativas caminhadas e de sadia diversão. Na primeira, efetuei compras de bugigangas fabricadas na China, cuja qualidade duvidosa não compensou o esforço de trazê-las para o Brasil, às vezes pagando excesso de bagagem em vôos lotados de brasileiros com rara experiência em produtos eletrônicos.

Leia, amanhã, sobre a viagem a Atlantic City, Orlando e aos parques da Disney.