Álbum de Recordações

Peço vênia ao meu reduzido número de leitores, para transcrever alguns trechos da narrativa "Álbum de Recordações". Trata-se de modestos comentários sobre minhas viagens internacionais, transformadas em livro para preservar as lembranças por mais tempo, pois a essas alturas da idade a memória já não merece a devida confiança.

Chamo a atenção dos leitores para o conteúdo do que lhes será oferecido a cada edição. Diariamente, pretendo publicar um capítulo de determinada viagem, recheado de informações sobre histórias deveras importantes. Será um bom "passeio" por locais do mais alto significado histórico e cultural de países pelos quais passei.

Agradecerei não somente a leitura dos que se dispuserem a fazê-la, como também os comentários necessários a afagar o ego deste modesto escrevinhador.

A seguir, eis o que pretendo levar ao seu conhecimento:

Outro dia, vasculhando meus alfarrábios, encontrei as anotações de viagem efetuada à Europa, em 1996. Li com saudades aqueles apontamentos amarelados pelo passar dos anos. Relembrei fatos, revi fotos e vídeos, e imaginei-me no Velho Continente, em visita a belas catedrais, extraordinários museus e adoráveis lugares privilegiados pela natureza.

Em seguida, veio-me a ideia de transformar essas memórias em narrativa. Por singela que fosse, trabalhosa que se tornasse, valeria à pena, conclui.

Aproveitei o plano para incluir alguns comentários sobre minhas viagens pelo Brasil e Estados Unidos. A intenção foi tornar a narrativa mais substanciosa. Umas informações a mais e algumas críticas adicionadas ao enfoque principal, não faria diferença.

Embora tenha viajado bastante pelo Brasil, visitado vinte e seis das vinte e sete capitais nacionais, algumas por diversas vezes, e efetuado três viagens aos Estados Unidos, farei breves comentários sobre minhas passagens por terras do Tio Sam e, menos ainda, por plagas tupiniquins.

Primeiro, por que as visitas à América foram limitadas a Nova Iorque, de onde absorvi poucos conhecimentos, em face da exiguidade de tempo; segundo, por que viajar pelo Brasil nem sempre nos alegra. Possuímos poucos museus, nossas memórias históricas estão deterioradas, a maioria dos prédios das cidades é suja e decadente, enquanto as ruas e praças estão abandonadas e igualmente decadentes e sujas. A violência no Brasil assusta, as rodovias estão imprestáveis – salvo honrosas exceções –, poucas são duplicadas e matam tanto quanto os bandidos nos centros urbanos.

Esta narrativa focalizará mais o que vi em sete países europeus. Transmitirei aos leitores os conhecimentos obtidos em visitas a museus, galerias de arte, monumentos históricos e passeios ao longo de cansativas viagens.

Percorri mais de sete mil quilômetros por via terrestre, desde Madrid, retornando à Espanha depois de conhecer Bordeaux, em território francês.

As citações históricas, as datas aludidas e os nomes mencionados são produto de anotações, de esforço de memória e, sobretudo, de pesquisas realizadas com o objetivo de enriquecer as páginas seguintes.

Resolvido a descrever essas experiências, iniciei a árdua tarefa.

Fotografias de um lado, apontamentos de outro, exercitei a memória e cheguei ao fim destas modestas anotações, dando-lhe o título de Álbum de Recordações.

Espero ter sido fiel nas descrições e cuidadoso no trato das palavras, para não empobrecer informações tão valiosas. Não gostaria de ter cometido exageros. Acredito que o entusiasmo não influenciou negativamente estes escritos. Minha seriedade de propósito superou os demais sentimentos.

A cada dia, como disse, relatarei parte dessas extraordinárias viagens.

Aguarde!