O sentido da vida.
- O ser humano nasce, cresce, se reproduz, envelhece e morre.
- Deus nos criou para sermos felizes.
- Não tem motivo, apenas se vive.
- Porque perguntas? Aconteceu algo?
- Pergunta a sua avó.
- Era para você estar brincando e não pensando nisso.
Essas foram algumas das respostas que recebi quando era pequena e perguntava qual o sentido da vida.
Procurava uma resposta, não por tristeza ou desamor pelo meu viver, mas pela pura curiosidade de se entender a causa primordial de nossas lutas diárias.
A pergunta é complexa mas é difícil definir para outra pessoa a sua essência mais verdadeira até a sua descoberta.
É difícil dizer ao outro o que significa a sua fé.
Até porque nossos conceitos sempre são influenciados por nossos meios e experiências, tornando-os passíveis de distorções.
O meu reconhecimento do que seria a vida eu descobriria então ser a minha vocação.
Quando o meu esforço por conhecimento do ser humano se transformou em presentes como sorrisos dos mais sinceros, abraços de gratidão pela ajuda prestada, uma criança dispnéica agradecendo por você a ajudar a "devolver seu ar" ou uma mãe acalmada por seu filho voltar a brincar e comer...
Eu entendi que se vivia para amar.
Aquele amor que não espera nada em troca além do bem-estar do próximo.
Do fim da tosse e coriza.
Do machucado sarado.
Do apoio e cuidados.
Da cura ou do alívio dos males declarados.
Quando se prova desse amor é impossível não sorrir para si mesma e dizer: eu nasci para isso.