CANTIGAS PARA NINAR(SAUDADE)
(Sócrates Di Lima)


Quando criança,
Quanta cantiga eu ouvi.,
Era a nítida esperança,
De que eu ia dormir.

Tão doces cantigas,
Tão inocentes canções.,
Que embalava o sono por fadigas,
Eram tantas emoções.

Hoje, aquelas cantigas já não existem,
Mas, as crianças adultas sim, seja de que maneira for.
Outras canções tão belas persistem,
No embalo do cafuné para ninar meu amor.

Quantas vezes eu fiz ninar minha amada,
Acariciancando seus cabelos dourados.,
Na fria e aconchegante madrugada,
Mimos de amor, em tons desafinados.

E como era lindo o meu cantar,
Na bondade da voz que dizia.,
Sem se dar conta que o amor é um embalar,
Da cantiga de ninar que ela ouvia.

Era o menino da gaita que arriscava,
Também, deixa a estrada me levar.,
Onde andará o meu amor, eu cantava,
Couro de boi, triste, mas, fazia suspirar.

Ah! Que saudade dessas canções,
Que para ela pude cantar,
Poderia ter sido tantas outras emoções,
Mas essas, pela beleza faziam-na arrepiar.

Eu ainda, quero cantar,
Para o meu amor ninar.,
De conchinha a acariciar,
Seus cabelos afagar.

E quando acordar,
Desse pesadelo em mim.,
Posso então me lembrar,
Que faze-la ninar é minha ternura sem fim.



15/09/2010 21:23 - Basilissa
Ô menino ... canta bonitinho pra mim ? Saudade !Que poema irretocável você escreveu ,Sócrates, parabéns b !
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 15/09/2010
Reeditado em 16/09/2010
Código do texto: T2499504
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