QUANDO ELA FOR EMBORA
(Sócrates Di Lima)
 
 Quando ela for embora,
Há que se findar a aurora.,
Há que se apagar as luzes da ribalta,
No palco da vida que me arrebata.
 
Quando em silêncio ela se for,
Não haverá mais estrelas.,
O Sol perderá seu fulgor,
Suas Luas! Ah! Melhor nem vê-las.
 
Quando ela sair de mim,
Um vazio será meu eco.,
Um abismo sem fim,
Não terei “repeteco”.
 
Quando ela virar a curva da nossa eqüina,
Perderei a visão do seu olhar.,
Perderei o sorriso que a menina,
Abriu minha estrada e me fez sonhar.
 
Quando ela partir no seu cruzeiro,
Com certeza não olhará para traz.,
E se olhar, petrificará por inteiro,
O coração que no meu peito jaz.
 
Quando ela sem me olhar, for embora,
Eu mesmo estarei do meu lado de fora,
Não me permitirei nessa hora,
Que o meu "Eu” volte a me habitar como agora.
 
E quando ela for embora de vez,
Minha alma estará fora de mim.,
Até lá a saudade mais uma vez,
No meu peito ainda, não tem fim.
 
Caminhos e sonhos vazios eu sigo,
Opção que minha alma cruel faz valer.,
Nenhuma outra alma caminhará comigo,
Pois ficar sozinho, vou querer.
 
Quando de vez for embora essa menina,
A qualquer hora do dia, noite ou madrugada.,
O seu olhar que hoje ainda, me ilumina,

Se esconderá na neblina das curvas da minha própria estrada.

(Jardinópolis-14/09/2010 - Registrada)



15/09/2010 21:35 - Basilissa
Com um poema desse , quem tem coragem de partir ... quem se atreve o poeta ferir ? O toque triste , deu toda beleza nos versos. 1000 pra você b!

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 14/09/2010
Reeditado em 16/09/2010
Código do texto: T2497188
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