O NOSSO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, É IDENTIDADE E PERTENCIMENTO.

Como devemos declinar nossa atenção para as constantes reformas em nossos patrimônios históricos?

Quando se fala em reforma no tocante a algum imóvel relacionado ao patrimônio público, deve-se levar em consideração, em primeiro lugar, a sua história, respeitando a memória que foi tão importante quando da sua construção, e/ou fundação. Respeitar esse item, é importantíssimo para que se crie a notoriedade de que devemos nos preocupar com as nossas belezas arquitetônicas, erguidas com muita cumplicidade, suor, sonho e luta pensando no bem estar de um povo agradecendo à sua ancestralidade pelo ato concluso.

Não se muda um detalhe original da fachada(recupera-se) sem alterar a sua forma da originalidade, o que de algum modo afetaria a ideia principal, desconsiderando a arte que foi anteriormente executada.

Reformas são necessárias, até mesmo com o olhar da preservação, reforçando a estrutura, embelezando a fachada sem alterar seu modelo original. A parte interna poderá sofrer algumas alterações desde que não seja agressiva quanto a ideia principal.

Tudo traz lembrança, memórias que imortalizaram uma visita apreciando o imóvel e isso está implícito numa Igreja, num teatro, numa casa de show que abriga a cultura e remonta a memória de um povo, de uma cidade, de um Estado e de um país.

A transformação de um determinado patrimônio histórico, mexe sim com aquilo de mais rico e proveitoso que podemos ter em uma sociedade: A NOSSA HISTÓRIA, que ali foi escrita, desenhada, falada, comentada e vivida por muitos durante tanto tempo.

Preservar cada patrimônio, é zelar pelos saberes e fazeres da sua gente, que viu surgir um novo horizonte de possibilidades com a construção de um determinado imóvel, que chega a fazer parte do cartão postal da sua cidade. Por isso, é necessário, sim, tomar todos os cuidados necessários quanto à preservação estética do mesmo.

É necessário, sábio e oportuno que alguém ligado à arquitetura patrimonial esteja ciente do projeto, com o envolvimento desse olhar que se faz tão identitário de uma gente que zela pelas suas belezas no tocante a construções.

Lembremo-nos: Reformar, não é descaracterizar o plano principal de um projeto tido e visto como uma referência cultural, mas sim, estabelecer no projeto a intenção maior de preservar a originalidade na qual ele fora projetado seja em que tempo for.

No Brasil e principalmente em regiões dos interiores dos Estados, a gente presenciar tanta falta de visão seja no campo de arborização, arquitetura, regiões de mananciais, o “aborto que fazem dizendo que estão reconstruindo” prejudicando, assim, o que fora amplamente discutido por técnicos e analíticos competentes do passado, quanto ao fazer desses citados projetos.

Ações aleatórias quanto ao desconsiderar a tecnicidade utilizada, pode trazer grandes transtornos e fazer com que o belo de antes, chegue ao ponto de ser chamado de ridículo por aqueles que não entenderam e não respeitaram a bela obra que se fez no passado.

Restaurar sim, pois o tempo castiga as estruturas externas e internas e necessitam desse cuidado. que tem que ser de forma constante a vigília de suas instalações.

Todavia, é um ato de grande responsabilidade, que se tenha o conhecer, o mister do que está se procurando fazer com os nossos patrimônios históricos.

Carlos Silva - poeta, cantor, compositor, historiador, biógrafo e cordelista.

Cipó - BA.

(75) 99883-0637

CARLOS SILVA POETA CANTADOR
Enviado por CARLOS SILVA POETA CANTADOR em 22/12/2022
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