O Regador e a Rosa
Dentre tantas mazelas que assolam o nosso país, destaca-se há anos, a triste realidade em que se encontram as crianças e os adolescentes. Suas carências, medos, a má formação escolar e cultural são problemas pequenos que vão crescendo na proporção exata em que crescem tais crianças. Um dia, uma esmola, noutro, sacos e colas. Mais um dia e eis um adolescente inculto. Diamante tosco. Massacrados, fustigados por toda sorte de adversidades que cerceam sua angelical, lúdica e pueril infância.
Inúmeras são as causas que contribuem para este horrendo monstro que se desenha nesse, surrealista, quadro de Dalí. Falta de estrutura familiar, má distribuição de renda, falta de educação e programas sociais, falta de perspectiva e etc..
Embora a carta magna, a Constituição Brasileira, esteja recheada de resoluções que, em teoria, garantem o futuro da criança e do adolescente, na prática, passa ao largo.
Num passado distante e utópico essa situação não existia. Hoje em dia, infelizmente, dar esmolas em semáforos e prestar queixas na polícia por delinquência infantil é uma constante.
As grades e os muros das casas não são mais certezas de um futuro melhor para ninguém. Não é se resguardando, se escondendo por detrás de barricadas, fechando os olhos e os portões das mansões para a marginalidade infantil que resolverá essa premente e delicada situação.
Conjugar conscientização coletiva, direitos da constituição e eleger políticos íntegros é, quiçá, a receita frugal para forjar e garantir o amadurecimento de futuros homens dignos.
" A mudança vêm de cima" diz o ditado antigo. Muda-se as pessoas que não fazem cumprir as leis e, depois, por si só, naturalmente, consequentemente, qual sol que no ocaso se esconde mas volta a brilhar com a aurora, toda pueril inocência das crianças, entrelaçadas com seus sonhos e anseios, REBENTARÁ em dignos cidadãos de bem que, de orgulho, nutrirá o ego dessa futura nação brasileira.