A condição humana e o modo de viver

A globalização é um fenômeno pautado por revoluções que afetam inúmeros setores sociais, configurando um mundo atual caracterizado pela agilidade dos serviços e comunicações, efetivada pela tecnologia, pela produção em série e por uma indústria cultural massiva, que por vezes é a responsável pela divergência substancial entre saúde de naturezas física, psíquica e social e os processos recorrentes em um meio social de transformações constantes.

Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), a problemática relacionada ao sedentarismo ultrapassou a preocupação mundial ligada à subnutrição. Diante destas estimativas, torna-se nítido um fenômeno que permeia o globo e as relações humanas, denominado "American way of life", referente de forma primordial ao consumismo exacerbado. De modo análogo a uma cadeia de reações, os efeitos nocivos de um modo de vida relacionado ao materialismo são percebidos em uma perspectiva ecológica, pois denotam um ciclo prejudicial às pessoas e às nações.

Conforme o sociólogo Zygmunt Bauman, as relações pessoais tornam-se cada vez mais frágeis, e as interações reais se desintegram pela liquidez. Analisa-se cotidianalmente que as tecnologias e o poder da mídia construíram juntos uma ponte virtual de acesso ao mundo, mas ao mesmo tempo, estreitaram relações duradouras, o que a curto prazo culminou preponderantemente através da imposição de padrões em maiores índices de depressão, distúrbios de sono e alimentação, e fontes de entretenimento alternativas. Há ainda uma ampla desigualdade financeira que reduz as taxas de desenvolvimento de um país e provoca um estímulo ao sedentarismo, implantado historicamente na Revolução Verde.

Diante de dados alarmantes e de uma situação emergencial que assola as mais diversas sociedades, é essencial a mobilização de todas as esferas populacionais, por meio do Governo Federal em prol da conscientização à respeito da importância de uma vida saudável, o desenvolvimento de projetos voltados às gerações mais jovens por parte das escolas, incentivos de órgãos de saúde e o papel de apoio desempenhado pela família no século XXI, elemento que se alia à luta por melhorias na qualidade de vida e na realidade dos seres humanos.