Sexta-feira negra
O tempo é um professor incrível. É capaz de construir uma imagem em anos e, em poucos segundos é capaz de eternizar uma marca. Boa ou ruim, ela nunca será esquecida por quem foi o alvo.
Nessa vida, há de encontrar vários perfis de pessoas, desde céticos inquestionáveis (por si mesmo), até bobos da corte que, vivem a vida como uma eterna graça (é um perigo pois chegam a brincar até com o que não deviam).
Essa, é só mais uma daquelas histórias de jovens que, chegaram a um local desconhecido e com novas culturas, e logo no início, era vívido e ativo, porém, o choque de culturas e injustiças da nova espécie que convivia, tornou-o um ser frio, calculista e que desconfia até de sua própria sombra.
Talvez viver seja isso. Passar a vida toda num único mundo, no mesmo vilarejo que nascesse, sem nunca mudar-se, sem abandonar seu lar, para que assim viva bem e sinta-se bem, desde que é claro, sinta-se bem por estar ali e que permaneça ali. Talvez, não sei, espero que esteja errado a esse respeito.
Nem sempre o poder aquisitivo significa tudo. É certo querer melhorar de vida; errado é perder uma vida toda por isso, e no fim dizer: Queria poder voltar àquele tempo, e não mais ter tomado aquela decisão, talvez teria tido uma vida melhor.
Como a célebre frase: "o mundo lá fora não é um lugar bom, é um lugar sujo e ruim, que quer te colocar de joelhos e deixar de joelhos"; sem generalizações é claro, mas convenhamos, hoje em dia, são poucas as exceções de pessoas que de fato tem uma alma boa.
Mas enfim, viver é correr riscos, enfrentar problemas, sofrer, chorar, e só de vez em quando sorrir.
Confiança na atual conjuntura tem-se tornado algo raro.
Sempre prevalece os interesses físicos racionais, não mais os íntimos emocionais.
Tem-se o que precisa, ganha-se a confiança. Surge algo melhor, trai-se a confiança, por um simples gosto melhor. Chamo de eu de egoismo.
A natureza humana é uma das que mais impressiona-me a cada dia. Passe o tempo que passar, nunca conheceremos uma pessoa como um todo.
A mente humana é um universo sem fim que, modifica como se fosse big-bangs constantes a criar novos universos e novas vidas.
Pobre jovem perdido, há algumas anos, começou a buscar a pé novos horizontes, numa estrada a se perder de vista, e que, a cada ano nota-se sua caricatura gasta antes do tempo.
Em seu interior vários segredos vividos em utópicos desejos.