Palpites da alma

...

E o dia amanhece!

E você olha a mesma pessoa, provavelmente com outros olhos... e ela faz as mesmas coisas de sempre. Mantêm-se fiel à mesma rotina, quiçá aos mesmos (vazios) sentimentos...

Você pensa que a conhece, quando de repente: são dois estranhos!

Estranhos que apesar de partilharem momentos íntimos, de terem segredos incontáveis - não possuem absolutamente nada em comum... nem mesmo o passado que tiveram.

Hoje, vê-se que cada um viveu à sua maneira cada abraço, cada palavra, cada beijo!

A verdade...

... a verdade é que nunca haverá certeza sobre o que aconteceu. Uma sapiência que a este mundo não pertence!

...

Eles nunca se conheceram. Em conjunto tiveram sonhos onde um não cabia no outro.

Um deles disso tinha ciência, e ainda assim abusou de um coração que lhe dava flores em vida. O outro encheu-se de segurança, como se sozinho soubesse onde iria.

Um deles está parado, lamentando tudo o que teve e perdeu...

Um deles está a se refazer, pois sabe que só se oferece amor, quem o tem em abundância: quem o sabe sentir - quem o sabe viver!

E se um dia seu coração transbordou de tanto bem querer... com certeza ele inundará novamente ... a sua vida e a vida de quem o mereça!

Uma alma machucada se regenera.

Uma alma arrependida sangra.

Toda uma existência...

- e o meu coração palpitando por aí.