A FACE TRANSPARENTE DO AMOR

Neste início de texto, amados, não sugiro que exista outra face para o amor. O amor contém uma única face: a transparente, verdadeira, benigna, fiel. Porém, muitos dos filhos dos homens transferiram esta "essência" a uma falsa ilusão do que é amar.

Eu não posso, jamais, dirigir-me a um irmão meu apenas por interesses. Isso é falta de amor. Houve uma substituição de amor por interesse! Eu não posso apenas "precisar" do meu irmão/colega/amigo quando ele tem algo a me beneficiar! Que amor é este? Onde está a transparência deste amor? Isto é amor? Não, isto é Falta de Amor.

Tenho por belíssimo o discurso do Apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios, Capítulo 13, quando discute acerca do amor.

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria." (1 Coríntios 13:1-3)

Paulo anela, em sua primeira Epístola aos Coríntios, a única e verdadeira face do amor: uma face transparente, que não se deixa substituir por brilho humano nem interesses pessoais. Em um nível sacerdotal/ministerial, eu não posso permitir que minhas diversas obrigações em relação a Cristo ofusquem o meu amar, pois assim estarei tendo FALTA DE AMOR.

Pelo contrário, é considerando CRISTO como o meu Alvo que eu Construirei meu amor, Batalhando bastante para o amadurecimento da obra, porém, mantendo relações de amizade com os meus irmãos, de confiança, de estar junto também nas aflições, e nas angústias! Eu também não devo permitir que o excesso de trabalho, a fadiga, me desvie deste foco: do AMOR.

"O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. (1 Coríntios 13:4-7)

É interessante observarmos que, dentre as características do amor, ele Não Busca Seus Interesses! E porque tantos buscam uns aos outros apenas por interesse? Porque transferem a noção de amor para uma noção de precisão do outro? Pela ausência do amor! Ora, eu não devo buscar a meu irmão apenas pelo que ele tem, ou pelo que ele me irá proporcionar, mas eu posso me dirigir a ele, por exemplo, para saber como ele está, se vai bem, se tem novidades em Cristo, se está precisando de alguma coisa...! Isso não faz de mim menor, pelo contrário, assim mesmo estou cumprindo o mandamento que diz: "Ama ao Teu próximo como a ti mesmo".

Quando a Palavra diz "TUDO" Sofre, Suporta... é que não existem barreiras, nem de tempo, nem de espaço que possam destruir o amor que possuo. Porém, se possuo, devo exercê-lo, e não deixar que ele fique trancado, apodrecendo! Porque um sentimento podre já não é amor. É DESamor.

"O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;

Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado." (1 Coríntios 13:8-10)

O amor nunca falha! Então, se eu estou sendo falho em minhas ações, o que está havendo? A verdade é que eu estou agindo Sem Amor, por algum impulso que humanamente está substituindo o amor que tivera, ou até mesmo por um excesso, uma fadiga de trabalho que me desvie deste. Tenhamos cuidado! O excesso de trabalho, de cansaço, de estudo, ou de quaisquer outras atividades, não podem substituir o amor que eu DEVO ter!

"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor." (1 Coríntios 13:13)

O Maior de todos os dons, de todos os sentimentos, a mais célebre de todas as sensações, o mais pura de todas as práticas humanas é a DO AMOR. A de perceber os dois momentos da vida humana: o momento da felicidade (quando o meu irmão se/ me alegra) e o da infelicidade (quando meu irmão está precisando de mim).