O VESTIDO
Willian e Cyndi formavam um par perfeito. Um casal unido e admirado por toda vizinhança. Willian sempre prestativo dava atenção a todos que viviam ao seu redor. Se necessário fosse socorria os necessitados de todas as formas possíveis ao seu alcance. Sua esposa Cyndi era igual e amada por todos, principalmente pelas crianças dado a sua forma meiga de falar e atender todos com paciência, benevolência, carinho e respeito.
Normalmente as pessoas comentam entre si e muitas vezes com estranhos às aparências físicas dos outros, tais como: Fulano (a) está muito gorda; fulano (a) está muito magra; cicrano (a) é feio (a) pra caramba. Fulano fala muito alto; cicrano tem voz de taquara rachada; fulano é muito burro. Mas o casal Willian e Cyndi não. Eles jamais teciam comentários denegrindo as pessoas ou quem quer que seja.
Depois de mais de vinte anos casados eles se olhavam todos os dias como se fosse à primeira vez. Seus filhos Ana e Paulo, ainda que adolescentes de dezesseis e catorze anos de idade respectivamente, acompanhavam seus pais os imitando em tudo, principalmente quanto ao comportamento humano.
Willian trabalhava na sua pequena e modesta oficina de consertos de sapatos, onde também comercializava algumas peças reaproveitadas ou até novas que recebia de fornecedores em consignação. Não era tão lucrativo, mas ganhava o suficiente para dar uma vida digna aos seus entes queridos.
Cyndi era professora primária formada, (magistério), ainda por concluir a universidade de letras ou pedagogia. Mas trabalhava nas escolas municipais e com o seu modesto salário ajudava o marido. Por isso ambos viviam como pessoas pobres e simples, mas faziam questão de que os seus filhos tivessem o melhor em termos de saúde educação e cultura.
Certo dia um fornecedor deixou alguns pares de sapatos femininos para serem vendidos na oficina. Willian examinou todos e gostou muito. Achou que seriam vendidos bem rápidos. E ele mesmo, sabendo as medidas corretas, escolheu dois pares de sapatos, uma para a sua esposa e outro para sua filha.
Quando a noite voltava para casa passou em frente a uma loja de roupas femininas e instintivamente olhou na vitrine um determinado vestido. Olhou mais duas ou três vezes e resolveu entrar na loja para escolher um vestido que combinasse com aqueles sapatos que levava para sua esposa.
Depois de uma meia hora escolhendo encontrou um do seu gosto. Já ia pagando, mas a lojista muito atenciosa e simpática perguntou: O senhor tem certeza que esse número (tamanho) servirá para a pessoa que está levando? Eu tenho outros modelos e de todas as numerações, pode escolher outros se quiser. No que ele respondeu que era para a sua esposa e que aquele mesmo serviria. A moça tratou logo de fazer a nota fiscal, embrulhou para presente e falou que estaria à disposição caso ele precisasse trocar a mercadoria.
Chegando a casa ele chamou a esposa e carinhosamente disse:
- Meu amor vem aqui ver o que eu lhe comprei. Tomara que você goste. Mostrou os sapatos e a esposa lhe beijou a testa agradecendo. Depois olhou o vestido, pegou-o na mão olhou mais vezes, examinou o tecido e sem altercação perguntou ao marido:
- Meu amor, você tem certeza de que esse vestido é para mim?
Ele mais do que depressa respondeu:
- Claro minha querida. Eu comprei pra você para usar com esses sapatos novos. Por que, você não gostou? Pra quem mais poderia ser além de você ou da nossa filha?
Sem se alterar Cyndi olhou para o marido e chamou-o carinhosamente.
- Vem aqui me abraça e me beija meu marido. Acho que não tens noção de tamanho de vestidos. Eu só tenho um metro e sessenta centímetros de altura e estou pesando oitenta quilos. Você não percebeu o meu tamanho a minha gordura toda e o meu peso? Esse vestido é lindo. Aliás, lindíssimo. Mas temos que voltar na mesma loja para trocá-lo por um de tamanho G ou talvez até GG. Mas não tem importância isso. Estou muito feliz por você sempre lembrar de mim. Fique tranqüilo porque eu adorei esses presentes.
Calado, só ouvindo o que sua esposa falava, passou a observá-la de alto a baixo e nada via de errado. Para ele o seu corpo era normal, como o de todas as pessoas. Ele não via nenhum excesso de peso, não via gordura e nenhuma deformação. Só olhava o seu rosto, os seus cabelos os seus lábios e os seus olhos, por isso respondeu também muito em paz e tranqüilo:
Minha querida, se não servir pra você esse vestido, amanhã vamos até a loja onde eu comprei e você pode trocar por outro. Quanto ao seu tamanho e estado físico pra ser sincero jamais percebi alguma diferença. Desde o dia em que começamos namorar, depois do nosso casamento até agora sempre vi você igual, do mesmo tamanho e com a mesma doçura. Perdoa-me se eu errei na escolha do vestido.
Cyndi despencou-se em choro. Abraçou e beijou o marido efusivamente. Ajoelhou-se e agradeceu a Deus, com essas palavras:
“Quando amamos, basta um vestido de menor tamanho para sabermos o quanto somos amados. Deus Pai proteja sempre esse meu marido que é irmão e companheiro, pois ele só enxerga a minha alma que não tem cor, não tem tamanho e nem peso, assim mostrando um amor muito raro só para pessoas privilegiadas como é o que me sinto agora”.
Normalmente as pessoas comentam entre si e muitas vezes com estranhos às aparências físicas dos outros, tais como: Fulano (a) está muito gorda; fulano (a) está muito magra; cicrano (a) é feio (a) pra caramba. Fulano fala muito alto; cicrano tem voz de taquara rachada; fulano é muito burro. Mas o casal Willian e Cyndi não. Eles jamais teciam comentários denegrindo as pessoas ou quem quer que seja.
Depois de mais de vinte anos casados eles se olhavam todos os dias como se fosse à primeira vez. Seus filhos Ana e Paulo, ainda que adolescentes de dezesseis e catorze anos de idade respectivamente, acompanhavam seus pais os imitando em tudo, principalmente quanto ao comportamento humano.
Willian trabalhava na sua pequena e modesta oficina de consertos de sapatos, onde também comercializava algumas peças reaproveitadas ou até novas que recebia de fornecedores em consignação. Não era tão lucrativo, mas ganhava o suficiente para dar uma vida digna aos seus entes queridos.
Cyndi era professora primária formada, (magistério), ainda por concluir a universidade de letras ou pedagogia. Mas trabalhava nas escolas municipais e com o seu modesto salário ajudava o marido. Por isso ambos viviam como pessoas pobres e simples, mas faziam questão de que os seus filhos tivessem o melhor em termos de saúde educação e cultura.
Certo dia um fornecedor deixou alguns pares de sapatos femininos para serem vendidos na oficina. Willian examinou todos e gostou muito. Achou que seriam vendidos bem rápidos. E ele mesmo, sabendo as medidas corretas, escolheu dois pares de sapatos, uma para a sua esposa e outro para sua filha.
Quando a noite voltava para casa passou em frente a uma loja de roupas femininas e instintivamente olhou na vitrine um determinado vestido. Olhou mais duas ou três vezes e resolveu entrar na loja para escolher um vestido que combinasse com aqueles sapatos que levava para sua esposa.
Depois de uma meia hora escolhendo encontrou um do seu gosto. Já ia pagando, mas a lojista muito atenciosa e simpática perguntou: O senhor tem certeza que esse número (tamanho) servirá para a pessoa que está levando? Eu tenho outros modelos e de todas as numerações, pode escolher outros se quiser. No que ele respondeu que era para a sua esposa e que aquele mesmo serviria. A moça tratou logo de fazer a nota fiscal, embrulhou para presente e falou que estaria à disposição caso ele precisasse trocar a mercadoria.
Chegando a casa ele chamou a esposa e carinhosamente disse:
- Meu amor vem aqui ver o que eu lhe comprei. Tomara que você goste. Mostrou os sapatos e a esposa lhe beijou a testa agradecendo. Depois olhou o vestido, pegou-o na mão olhou mais vezes, examinou o tecido e sem altercação perguntou ao marido:
- Meu amor, você tem certeza de que esse vestido é para mim?
Ele mais do que depressa respondeu:
- Claro minha querida. Eu comprei pra você para usar com esses sapatos novos. Por que, você não gostou? Pra quem mais poderia ser além de você ou da nossa filha?
Sem se alterar Cyndi olhou para o marido e chamou-o carinhosamente.
- Vem aqui me abraça e me beija meu marido. Acho que não tens noção de tamanho de vestidos. Eu só tenho um metro e sessenta centímetros de altura e estou pesando oitenta quilos. Você não percebeu o meu tamanho a minha gordura toda e o meu peso? Esse vestido é lindo. Aliás, lindíssimo. Mas temos que voltar na mesma loja para trocá-lo por um de tamanho G ou talvez até GG. Mas não tem importância isso. Estou muito feliz por você sempre lembrar de mim. Fique tranqüilo porque eu adorei esses presentes.
Calado, só ouvindo o que sua esposa falava, passou a observá-la de alto a baixo e nada via de errado. Para ele o seu corpo era normal, como o de todas as pessoas. Ele não via nenhum excesso de peso, não via gordura e nenhuma deformação. Só olhava o seu rosto, os seus cabelos os seus lábios e os seus olhos, por isso respondeu também muito em paz e tranqüilo:
Minha querida, se não servir pra você esse vestido, amanhã vamos até a loja onde eu comprei e você pode trocar por outro. Quanto ao seu tamanho e estado físico pra ser sincero jamais percebi alguma diferença. Desde o dia em que começamos namorar, depois do nosso casamento até agora sempre vi você igual, do mesmo tamanho e com a mesma doçura. Perdoa-me se eu errei na escolha do vestido.
Cyndi despencou-se em choro. Abraçou e beijou o marido efusivamente. Ajoelhou-se e agradeceu a Deus, com essas palavras:
“Quando amamos, basta um vestido de menor tamanho para sabermos o quanto somos amados. Deus Pai proteja sempre esse meu marido que é irmão e companheiro, pois ele só enxerga a minha alma que não tem cor, não tem tamanho e nem peso, assim mostrando um amor muito raro só para pessoas privilegiadas como é o que me sinto agora”.