Santos e Ídolos (capítulo III)
Moisés falou que Deus mandou o povo hebreu não venerar imagens de ídolos, conforme está escrito no Antigo Testamento, livro do Êxodo. Frase encontrada naquele contexto histórico e bíblico relatado no Capítulo I desta série da coluna Vida Simples. A lembrar brevemente: era a transição do politeísmo egípcio ao monoteísmo hebreu; do conflito de crença nos “falsos deuses” à crença no Deus único e verdadeiro.
Vimos em capítulo passado que Deus ordenou a Moisés fabricar imagens e estatuetas para adoração e salvação do povo. Ademais, Deus NUNCA disse ou mostrou ser proibida a adoração aos Santos e Anjos (suas imagens). Algo erroneamente dito pelos irmãos evangélicos.
Agora, vou mostrar um caso de respeito ou veneração ou adoração (sinônimos) às imagens na vida diária de qualquer pessoa, de qualquer religião. Tenho em minha estante, a exemplo real, uma foto de minha querida tia-avó que já está no céu; quando vejo esta foto me lembro de quão boa e santa senhora ela foi em vida. Inclusive, posso colocar tal foto num lugar bem bonito de minha sala, enfeitá-la com rosas e até acender uma velinha... Só imagine, você, como irei me sentir caso alguém entre em minha casa e diga com a foto: “Que bruxa feia!”. Claro que vou ficar irritado e ofendido. Assim também ocorre quando temos nossas imagens católicas em nossos oratórios que representam algumas pessoas puras e boas, como a Virgem Maria, a Mãe de Jesus, quebradas ou blasfemadas por alguns evangélicos rudes. Veja o significado que há por trás da imagem. Quebrá-la é sim uma ofensa. E ofensa religiosa é crime previsto em Lei.
Por fim, peço, meu irmão, com todas estas discussões, que guardemos o amor. Pois “quem és tu para julgar teu irmão?” (Tg 4, 12). Portanto, não ofenda seu próximo. Ofender é um pecado muito grave. E distorcer a bíblia para fins de descrença e discórdia é pecado maior. Desejo a todos a paz de Deus e Maria.