SOBRE O AUTOR
Logo após a passagem do cometa Halley, aos 29 de maio de 1987, no sertão potiguar, na cidade seridoense de Currais Novos, Estado do Rio Grande do Norte, Brasil, nasceu o poeta, escritor e advogado Diego da Rocha Fernandes. Filho de um mecânico de automóveis e ex-funcionário público Vicente Fernandes com a ex-empresária Railma Freire. A poucos quilômetros de Currais Novos, em outra cidade interiorana, Diego Rocha teve infância e adolescência em Santa Cruz do Trairí. Uma cidade pequena, mas gigante por mais de quatro livros de história narrando o lugar povoado, pioneiramente, em 1830, pelos trisavós dele: os antigos Rochas e Freires. De causos de família, desbravadores franceses e portugueses vindos da Europa até o Brasil Antigo (nordeste, século XVII), o autor viveu ouvindo memórias ancestrais; com um dia-a-dia inspirador à sua atividade literária.
Apesar de hoje ser íntimo aos livros, Diego Rocha conta que não teve uma infância culta, nem estudos de escolas renomadas da capital do Rio Grande do Norte, Natal. Filho de pais de condições poucas, ele gostava de assistir seu avô materno Elino Rocha na criação de algumas ovelhas e vacas na zona rural de Santa Cruz. Igualmente, Diego Rocha sonhava em ser vaqueiro, ser dono de fazenda, como tivera seu pai, no sítio Riacho do Feijão. Lugar povoado de mistérios (discos-voadores), pedras preciosas, sertanejos honestos e muito inteligentes.
Rapaz de pé no chão, simples, bem humorado, simpático, mente aberta. Entretanto, quando Diego Rocha conversa sobre os mais variados assuntos, religião, política, ciência, percebe-se que tem a maturidade na fala e nos gestos. Creio que ele não tenha a idade que diz ou aparenta ter, porque tem um espírito de tempos ou de mundos mais avançados. Depois, ele diz que só aprendeu a ler com muita dificuldade aos 6 ou 7 anos de idade; apenas se interessando pelo universo da literatura a partir dos 13 anos. Antes dessa idade, ele se autodescreve: “eu era indiferente à literatura, um bruto mesmo, uma criança traquina que vivia fazendo artimanhas com os meninos na rua, sem o consentimento dos meus pais ou avós”.
O autor sabe quem o trouxe ao polido mundo dos livros: sua tia-bisavó que foi avó de criação paterna, dona Maria Carmén de Andrade Lima - mulher sábia e religiosa, aposentada, líder do apostolado da Igreja Católica Apostólica Romana, ex-chefe das Agencias Federais dos Correios e Telégrafos (ECT), falecida aos 95 anos de idade. Ela soube como lapidá-lo. Tanto que, mais tarde, Diego Rocha viria a despertar o gosto pela leitura dos mais variados gêneros das literaturas nacional e internacional. Ainda, conta ele, emocionadamente: “tia Carmén abriu o meu portal do gosto pelos livros com a obra Saudade, por Tales de Andrade. Um romance infantil, mas muito cativante e cheio de poesias de renomes brasileiros, tais como Guilherme de Almeida e Paulo Setúbal”.
Então, a partir de uma adolescência existencialista e interiorana, no sossegado quintal em casa daquela tia-bisavó, Diego Rocha foi com muita sede aos livros quando revela: “do quartinho isolado que havia no quintal de tia Carmén, eu abocanhei o erudito Machado de Assis; mastiguei o inquieto Lima Barreto; digeri o apaixonado William Shakespeare; e evacuei Gil Vicente pra lá das profundezas do inferno! Por isso, gosto de ler de tudo um pouco, em diferentes temas e preocupações. Sou um demasiado curioso... Eis meu signo de gêmeos”.
Antes mesmo de terminar o ensino básico, Diego Rocha se revelou sensível aos poemas, chegando a ganhar premiações na escola Objetivo Júnior, em Santa Cruz. Notável para sua fase adolescente, recebeu o prêmio juvenil Medalha Jorge Amado após competição nacional de poesias, na Bahia.
Em sua trajetória de vida jovem, o autor concluiu o ensino médio no Colégio Hipócrates, em Santa Cruz, no ano de 2005. Seu interesse pelos registros do passado remoto o fez ser aprovado em Arqueologia, na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em 2007. Ainda, nesta mesma data, foi aprovado em Pedagogia, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Mas ele não concluiu ambos os cursos.
Em 2008, ele ingressou no curso de Direito, na tradicional Universidade Potiguar (UnP). Ainda, durante a faculdade, tornou-se o primeiro colunista do jornal católico Mensageiros da Partilha, com a coluna intitulada Vida Simples. Naquele mesmo ano, participou da antologia poética Cantos e Contos do Trairí, organizada pelo Grupo Santacruzense de Poetas e Escritores (ASPE). É escritor oficial da Amazon Prime.
Em 2009, foi colunista do jornal paulistano O Paiol Literário. Em 2010, apaixonado pela prosa e poesia, foi um dos fundadores e primeiro secretário-geral da Associação de Poetas e Escritores de Santa Cruz (APOESC), sendo nesse exercício, um dos idealizadores do programa APOESC em Canto & Verso, ao qual foi locutor através da Rádio Comunitária Santa Rita (FM, 87,9) até 2015; proponente do aprovado projeto cultural APOESC Recitando do Sertão, através dos Bancos BNB/BNDES, em 2011.
Em 2011, ainda, ingressou no estágio oficial da Advocacia-geral da União (AGU), onde teve aprendizado jurídico durante dois anos; com nota máxima no relatório de desempenho funcional. Em 2013, formou-se bacharel em Direito, em cuja monografia de defesa do curso obteve nota máxima e indicação para publicação, sob o título: Improbidade Administrativa: a antinomia entre preceitos morais e mazelas na gestão pública. Naquele mesmo ano, identificado com os estudos acadêmicos e possuindo vários artigos científicos publicados na área do Direito Ambiental, ele ingressou no mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente, álea do Direito Ambiental, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal; concluindo-o em 2016.
Em 2015, Diego Rocha abraçou sua postura como jurista honorífico e idôneo ao ser nomeado membro efetivo da Comissão de Direito Ambiental (CDA) da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Rio Grande do Norte (OAB/RN), e conselheiro do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte (CONERH/RN), tendo em vista sua notória produção científica na doutrina do Direito Ambiental através de inúmeros artigos científicos publicados nacionalmente. Além disso, naquele mesmo ano quando cursava mestrado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal, integrou a 1ª Coletânea Poética do Núcleo Acadêmico de Cultura da UFRN (NAC), na qual foi premiado com o poema Meninos da Miséria, em obra intitulada Histórias que se Cruzam.
Em 2016, lançou sua primeira antologia poética Fulges Versos Brancos; e seu primeiro romance neorrealista e regionalista, O Rio Trairí Remoía Sertão. Em 2017, ao convite da Editora Chiado, participou da antologia de poesia contemporânea nacional Além da Terra, Além do Céu. Em 2018, concluiu mais obras importantes: no estudo da língua inglesa, no Direito administrativo, Direito ambiental e Gestão ambiental, a citar: Dictionary of Phrasal Verbs; Improbidade Administrativa: a antinomia entre preceitos morais e mazelas na gestão pública; Licenciamento Ambiental Federal: enfoques na socioeconomia, infraestrutura e gestão ambiental; Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos: diretrizes jurídico-ambientais para a sustentabilidade. Em 2019, lançou o Manual de Direito Administrativo: esquemas, resumos, dicas e questões. Todas as sete obras publicadas e distribuídas através da empresa norte-americana de e-livros e livros impressos Amazon Prime, disponibilizadas no site www.amazon.com.br. Sem dúvida, Diego Rocha deixou suas sementes no campo jurídico e literário do Brasil, rapaz admirável para sua geração!
Lauro Mello.
(texto atualizado e adaptado pelo autor).
Natal, RN, verão de 2019.