Santos e Ídolos (capítulo II)
Moisés seguiu o pedido de Deus e provocou a fuga do povo hebreu daquela escravidão no Egito Antigo. Correram a pé e atravessaram por força divina o Mar Vermelho. Com fome e exaustos no cáustico deserto do Oriente Médio, os israelitas caíram na fraqueza de espírito e murmuraram contra Deus e contra Moisés. Chegaram até a querer voltar ao culto aos deuses egípcios. Moisés os repreendeu e disse que o Deus, único e verdadeiro, iria ajudá-los. E nesse tempo de provações e revoltas, Moisés pede ajuda a Deus, que responde: “Faze uma serpente de bronze, coloca-a numa haste e todo aquele que para ela olhar será salvo” (Números 21, 8-9). Deus manda fazer uma imagem.
Por infinita bondade divina leite, mel e maná durante 40 anos caem do céu. Em tempo de glória, então, Deus indica a Moisés como construir o Tabernáculo - espécie de arca que servia de adoração, um templo portátil, por assim dizer. E manda fazer estatuetas de ouro, desta vez para por em cima, como adorno, da Arca Sagrada. “Farão dois querubins de ouro maciço, lavrados a martelo e colocá-los-ão nas extremidades do lugar do perdão, um a cada lado (...) ali me encontrarei contigo e te falarei desde o lugar do perdão, desde o meio dos querubins postos sobre a arca do Testemunho (...)”. Êxodo, 25,18-22. Veja, imagens religiosas em objeto sagrado.
Ah, Deus manda criar deuses?! Não, não. Os deuses (plural) são ídolos. Eram considerados poderosos mais ou igual ao nosso Deus. Os deuses são alimentados tal qual um ser humano e aparecem nos povos antigos com formatos muitas vezes de animais ou mesclados. São os “falsos deuses” ditos por Moisés com referência ao politeísmo dos egípcios. Estes nunca acreditaram em Deus onipotente e onipresente. Nosso monoteísmo. Já os Santos foram pessoas boas que morreram e tornaram-se reconhecidas mundialmente pela Igreja Católica, com registro no Livro Cânone.