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Ser ativo demais vale à pena?
Há pessoas que nascem calmas e acomodadas. Tudo o que fazem é na maior tranqüilidade, uma coisa de cada vez, como se o tempo não tivesse pressa em passar.
Outras surgem a este mundo agitadas com uma chama interior muito absorvente. Fazem mil coisas ao mesmo tempo, nunca dão um merecido descaso à mente. São muito ativas.
Por sorte ou por azar do destino, eu apareci neste mundo como representante do segundo grupo.
Fico pensando se esta característica é positiva ou negativa para quem a apresenta.
Como aspecto positivo, vejo a ação. Lembro daquela canção de Geraldo Vandré, ”quem sabe faz à hora, não espera acontecer”.
Mas, por outro lado, toda esta atividade intensa leva a um cansaço mental acentuado. Há um desgaste grande emocional.
Eu gostaria de ser fleumática e pacífica, mas não o sendo sigo na vida com esta exuberância sangüínea que Deus presenteou-me.
Denise Severgnini