ANJOS DE LAVANDA (amigos Recantistas vão se ver por aqui)

 

A plantação no solo próprio e seco, regado de Sol, brotava com tanta facilidade, que as lavandas em suas soberbas cores roxo, amarelo, branco e rosa, perfumavam inteiramente a Recanto Perfumes de Anjos, nome dado ao povoado por causa de uma lenda antiga, onde algumas flores perfeitas de lavanda, retornaram ao céu, em forma de anjos, depois de modificar a vida de algumas famílias naquela Cidade de Verona, localizada na Itália. Palco da filmagem do primeiro filme Romeu e Julieta, do famoso autor William Shakespeare.

 

As lavandas entre cores e aromas, têm certas características marcantes tais como, aliviar queimaduras, dores musculares e nas articulações.

 

Serve também para  contrabalançar a ansiedade e o estresse. Pode inclusive melhorar a qualidade do sono, isso tudo sem incluir, que é uma das poucas flores pertencentes, ao grupo seleto dos melhores perfumes do mundo e, costumam fazer referências à elas, como símbolos de comprometimento, serenidade e calma. 

 

Dando início a esta história, que me foi contada pelas líricas perfumistas (Yeyé Braga) e a sua prima (Sonya Azevedo), reverenciada pelos habitantes do povoado, como 'A Encantadora'. 

 

As palavras saiam de seus lábios, como se estivessem nos hipnotizando, provocavam na gente uma paz de espírito inexplicável. Confesso que senti isso de verdade. Ecoo o que me contaram com muito gosto pois, foi prazerosa a tarde que passei, na varanda da loja de essências delas.

 

Começaram informando, que raras foram as pessoas que como elas, perceberam a passagem dos anjos por ali. As pessoas que foram beneficiadas, foram escolhidas por seus contratempos de vida, sem diferença quanto a situação financeira, classe social, religião, raça, identidade de gênero ou orientação sexual. Simplesmente eram merecedores das dádivas recebidas.

 

A família de (Estevão Ferreira) e (Mardielli), era abastada no sentido de rebanho de cabras montesas, o leite forte e os queijos saborosos comercializados por eles, já tinham sido exportados para muitos lugares. A riqueza garantia o futuro dos filhos (Antônio Jadel) e (Luna Mia), mas, o foco de ambos no trabalho, os tornaram quase estranhos. O amor estava blindado no peito, como numa área de repouso e, não se expunham há uns quatro anos. Até que numa quarta-feira ensolarada, o Sol se abriu mais forte, justo quando (Jadel e Luna), cuidavam do jardim de lavandas roxas da mãe. Um ramo de flor sai do solo e alça um vôo lento, se transformando num pequeno anjo à frente dos filhos de (Estevão e Mardielli).

 

A fé presente na criação daquela família, fez com eles não se assustassem, ao contrário, se ajoelharam agradecendo a visão. O anjo disse se chamar (Jacó) e pediu que eles demorassem a entrar em casa, pois o amor dentro da casa deles, se reacendera pra sempre. Poucos dias depois os pais eram pura cumplicidade e carinho.

 

Rente ao Rio Tibre, (Lumah) e (Olavo) plantavam um trigo muito especial, preparavam um talharim fresco, bem vendido na região. A primeira tarde de Outono, levou um anjo de nome (Joel) com cheirinho de lavanda, que (Lumah) às vezes usava sutilmente, no tempero de um molho agridoce à base de tomate. Veio em suas mentes,  patentar a receita e vendê-la para outras cidades, a ideia que veio como uma benção, fez um enorme sucesso e, os tornou ricos. Aos Domingos agradeciam a dádiva, doando panelões de talharim com o molho, para o Padre (Antônio Albuquerque), distribuir aos pobres, as ajudantes das missas (Lilian Menale), (Juli Lima), (SanCardoso) e (Norma Aparecida) organizavam tudo e, os missionários (Marthamaria), (Joilson Pessanha), (Moacir Rodrigues), (Arnor Milton) e (Dilson 'O Poeta') auxiliavam na distribuição dos pratos. (Lumah) nesses dias, enviava arranjos de lavanda do seu jardim, para decorar a capela. O anjo Jorge, visitava a capela do Padre Antônio de Albuquerque, ele nunca tinha visto o anjo, mas, todas as manhãs, sentia o aroma de lavanda em cada cantinho. A casa de Deus seguia abençoada.

 

Tinha uma pousada dentro da chácara dos (Jun's Roberto e Mary,) que era sublocada pelos primos (Regina Madeira), (Roberta Souza) e (Luiz Xavier), o avô de (Roberta) , que por algum motivo desconhecido, andava tão mau humorado, que os hóspedes se afastavam e, eles estavam quase falindo. Apareceu para (Roberta), um anjo com olor de lavanda, que pediu que ela adotasse um cachorro de porte médio. Dizendo que ela desse o bichinho ao avô, o que com o coração dividido, entre a  preocupação de não ter dinheiro pra criar o bichinho e, a possível rejeição do avô, ela atendeu o pedido do anjo (Troya). O resultado foi um apego do avô (Luiz) ao cãozinho, a prima (Regina) resolveu plantar um jardim com lavandas, bem na entrada da pousada e, o cachorrinho recebeu o nome de #M# (Facuri) e, a alegria dele o tornou o mascote, não só da pousada, mas, também da chácara inteira. Atraiu muitos hóspedes com filhos ou idosos principalmente, foi uma ideia genial para a recuperação do negócio.

 

Além do olor delicioso das lavandas, no jardim da entrada. Os Jun's, resolveram construir, uma pequenina capela no terreno da chácara, em agradecimento às bençãos recebidas.

 

Confesso que fiquei até emocionada, ouvindo meio que encantada, a história dos Anjos de Lavanda, contada pelas líricas perfumistas. Se lenda ou realidade, precisava dividir o relato, pois foram situações abnegadas e, eu amo lavandas roxas.

 

 

 

 

 

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 15/11/2024
Reeditado em 19/11/2024
Código do texto: T8197041
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