O MENINO QUE SONHAVA
Numa manhã ensolarada de setembro, os barquinhos deslizavam no azul da cor do mar, o céu se espreguiçava sorrindo pelas primeiras horas do dia na praia de Tambaú. Hélio, menino lourinho brincava com sua mãe na praia. Era um feriado qualquer do ano, poderia ser a terça-feira de carnaval, São João ou até mesmo o dia sete de setembro. Mas, o que importa é que o menino estava contente com seu balde de plástico com o desenho do Batman e com a pá de cor amarela ele engia, sorria para sua mãe e brincava livre como os pássaros que cantarolando passavam rasgando o céu.
Depois, daqueles momentos de alegria, o menino já fatigado foi para a sombra acompanhado com sua mãe e deitou-se numa rede enquanto sua linda mamãe cantarolava uma cantiga para Hélio tirar um cochilo até às oito horas.
O menino adormeceu e logo entrou num mundo mágico, onde havia um rio de águas cristalinas, um barquinho, um índio a remar assoviando para o vendo que passava pelas árvores, depois, o garotinho estava numa estrada deserta com flores coloridas, terra molhada da chuva que havia caído e aves, muito aves. Então o menino olhou para a estrada e viu ao longe uma casa amarela que se debruçava sobre os raios dourados que gravejavam sobre aquela vasta campina e o menino começou a caminhar lentamente, olhou para trás e sentiu que o rio estava próximo dele, voutou-se a olhar para a estrada que levava-o para a casa que mostrava-se encantada a cada passo que ele dava. Em um certo momento, Hélio, para não se perder tirou uma rosa do roseiral e dirigiu-se para a estrada molhada e escutando o som da voz de sua mãe.
O dia parecia eterno nas frações de segundos que Hélio dava seus passos e retirava as rosas, margaridas, dálias... Percebeu uma cesta de palha e pôs as flores todas nela, quando diferente, ele despertou e disse: " Feliz dia das mães, mamãe!" E, Haula agredeceu as flores beijando-o na testa, de longe, no mar, um índio acenava para o menino e a cesta de flores perfumavam o dia...