A LOUCA DA MACIEL MALHEIROS

Socorro Albuquerque, conhecido como “ratazana de sacristia”, vivia nas igrejas bajulando os padres, rezando o terço, e colecionando imagens de – santos canonizados - arte sacra ,era um passatempo para a beata oxigenada, pois, ela vivia a bater perna rezando em nome de Deus, Maria e José, para conseguir um marido, pois, ela já passava do sessenta e cinco.

Um dia, ela conheceu uma mulher, Suzana Aguiar, revendedora da Jequiti, Avon, Abelha Rainha... As duas logo ficaram íntimas, uma amizade de segredos divinos que o Diabo se assustava com tantas mentiras que as duas aprontavam ao dialogar uma com a outra.

Certo manhã, as duas se encontraram na rua Maciel Malheiros, e Socorro estava mito triste, sua fiel amiga logo fez seus porquês, começou o dilema.

Suzana, depois de escutar toda a história de lamentação, resolveu ajudar a pobre amiga. Do céu Deus, Maria e José, ficaram de olhos vendados, ouvidos tapados, bocas a rezarem, e os anjos, arcanjos e querubins, esses se esconderam, o Diabo disse: “Essas são as verdadeiras caídas do céu porque olham para o abismo e o abismo olham para elas.

Nesse dia, trovoou, relampeou, com cinza o céu ficou e uma forte chuva caiu agitando rios e mares, e assustando todos os moradores, porém, Suzana e Socorro não se abalaram porque não perceberam que foram abduzidas .

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 04/03/2022
Código do texto: T7465013
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