A inocência vai à guerra
Os tambores estão a bater.
Lá fora, preparados para a guerra.
Os tambores alinhados a ver.
Agora, salpicados sons da Terra.
O meu som não é igual ao seu.
O que seus ouvidos ferem,
aos meus satisfazem
como sonhar em puro breu.
Os tambores já batem à porta.
Uma guerra anunciada;
Um cisma que não se comporta.
Uma luta deflagrada.
O seu som não é igual ao meu.
Seus ouvidos já cederam
aos tambores andantes no breu.
Os meus ainda esperam...
Os surdos alienam ao fronte
e em frente, gritam os clarins.
Reluzentes bastardos de ontem,
veem o sangue, enfeites carmins.
São os tambores a flagrar;
os repiques a trinar errantes,
nas algemas opressoras de antes,
heróis fortes a libertar?