DENTRO DO SILENCIO
O silencio é uma bolha.
Lá dentro cabem duas moradas.
Uma casa assombrada, diria até,
que é um castelo gigantesco,
com seus salões escuros,
muitos fantasmas,
cães ferozes,
armas frias dilacerantes.
lá dentro, existem gritos abafados.
O nunca mais, mora lá também,
o jamais, o adeus,
fui...
A outra morada é uma casinha,
branca como nuvens de algodão.
ela abriga a esperança,
as boas lembranças que brincam com a saudade,
lembranças de risos e afagos.
lá dentro moram
flores, borboletas e pirilampos,
moram também
a magia que fascina,
da imaginação e fantasia.
O sonho bom.
O friozinho no estômago
na presença do amor.