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Quando chegar o dia da minha despedida, pode chorar se quiser, mas não aponte a causa do um fim, nós sabemos daquilo que vemos, mas eu garanto que nada sabem das dores amargas que senti, das outras formas de fim que vivi e se sobrevivi foi porque não era ainda a hora desse fim. Amei muito, amei tanto que chorei dores amargas, porque não sei lidar com esse negócio de sentimentos. Achei difícil a vida, porque nem sempre ela é feita de flores e lindas poesias e era tudo o que eu queria que tudo tivesse a simplicidade das flores no campo, das nuvens de algodão no céu, da fruta caindo de madura, Eu quis ter aprendido a sabedoria e a imensidão da lua que simplesmente vagueia solitária e bela. Por isso eu peço: não. Não aponte a causa do meu fim. Fui feliz, tive realizações e foram todas imensamente festejadas aqui... Por mim. Ri do nada até sentir o corpo doer. Outras vezes me belisquei juntando os lábios pra ninguém ver. Talvez essas tenham sido as risadas mais divertidas. Amei imensamente a minha família e amigos e eu os feri também, dessas feridas não posso calcular a dor, mas garanto que doeu tanto ou quanto em mim. Fui marrenta, azeda, pimenta, sendo que eu queria tanto ter sido perfeita. Sei que algumas pessoas me amaram, mesmo assim... Por isso: não julgue a causa do meu fim. Sei que foi meu grande defeito, mas foi o jeito que achei, de chegar até aqui. Não quero sentir dor, fazer sofrer quem me rodeia e se assim for talvez eu aguente firme ou como um gato talvez eu vá pra longe, tão longe que ninguém saiba quando parti.