Turvos e Mansos
Folhas apodrecidas pelo tempo,
Perguntas sem respostas,
Um olhar fixo no vazio a indagar
Tudo no silêncio sombrio da tua alma.
Do apagar das luzes a página virada,
A saudade doída dorme pálida.
Daquele amor de rio manso e águas
Turvas, com certeza, viajas agora.
Meus pés chutam o destino enquanto ando
A pensar na saudade perdida.
Andei assim, várias noites na vida.
Na beira da praia olhando a imensidão do mar
Vi folhas vivas viajando pelas ondas também
Um concha a falar aos meus ouvidos.
Hoje fui levada para um mergulho profundo.
Folhas apodrecidas viram estrumos.