O peso dos sonhos

Ela desperta. Com o peso invisível de sonhos não realizados. Cada respiração carregando a luta silenciosa de ser quem realmente é. Os dias se arrastam entre a rotina exaustiva do trabalho CL. O brilho de sua essência é ofuscado pelas exigências do cotidiano. As contas acumulam-se como montanhas intransponíveis, e a tentação de ceder à prostituição sussurra promessas de alívio momentâneo, mas carrega a sombra da perda de si mesma.

Em seu pequeno refúgio, ajoelha-se em prece. Busca a luz divina para clarear os labirintos de seus pensamentos. As lágrimas encontram consolo nas palavras silenciosas que sussurra ao alto. Pede força. Quer resistir às pressões que ameaçam desmoronar sua dignidade. Cada reflexão diante do espelho revela cicatrizes de batalhas internas, mas também resiliência escondida sob a superfície frágil.

As agonias íntimas se misturam com a esperança tênue de um futuro onde possa viver sem medo, onde seus sonhos possam florescer sem o fardo da sobrevivência forçada. Ela carrega consigo a coragem de ser autêntica, mesmo quando o mundo parece desmoronar ao seu redor. A cada amanhecer, renova seu compromisso com a verdade, lutando para que a luz de sua identidade não se apague nas sombras da opressão.

Talvez ninguém te conte que ela organiza os livros conforme o peso dos sonhos que não se realizam.

Fernando de Fidenza
Enviado por Fernando de Fidenza em 02/11/2024
Código do texto: T8188001
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