Um Diálogo Sobre o Amor
O amor é tão simples, mas tão imenso,
Como o vento que dança no firmamento.
Com minha rosa aprendi a cuidar,
O que é precioso é saber cultivar.
Não é só a beleza que me faz amar,
Mas o tempo que estive a observar.
É o laço invisível que nos faz únicos,
O amor é o elo, o caminho que seguimos.
Será o amor consumir ou doar?
Uma chama que acende ou o mar a calar?
O que é liberdade pra quem ama?
Ou será que o amor é chama que reclama?
Ah, pequeno, teu olhar é tão ingênuo,
O amor é mais feroz, é fogo eterno.
Transcende o tempo, é sede que devora,
Não é cuidado, mas fome que vigora.
Pra mim, o amor é possuir, é ter,
É amarrar a alma sem a perder.
Não é carinho suave, é desejar,
Uma fome que nunca vai cessar.
Mas amar, pra mim, é libertar,
Ver o outro florescer, crescer, voar.
O amor não prende, ele faz confiar,
Mesmo longe, o laço vai perdurar.
Liberdade no amor? Que ilusão!
O amor verdadeiro é possessão.
É eterno, sem espaço pra fugir,
Quem ama de verdade quer consumir.
Talvez, no fim, a diferença seja essa,
Amor pra mim é ciclo, mudança que expressa.
Mas pra ti, Conde, o amor é estagnação,
O que importa não é o tempo, mas a emoção.