Um Diálogo Sobre o Amor

O amor é tão simples, mas tão imenso,

Como o vento que dança no firmamento.

Com minha rosa aprendi a cuidar,

O que é precioso é saber cultivar.

Não é só a beleza que me faz amar,

Mas o tempo que estive a observar.

É o laço invisível que nos faz únicos,

O amor é o elo, o caminho que seguimos.

Será o amor consumir ou doar?

Uma chama que acende ou o mar a calar?

O que é liberdade pra quem ama?

Ou será que o amor é chama que reclama?

Ah, pequeno, teu olhar é tão ingênuo,

O amor é mais feroz, é fogo eterno.

Transcende o tempo, é sede que devora,

Não é cuidado, mas fome que vigora.

Pra mim, o amor é possuir, é ter,

É amarrar a alma sem a perder.

Não é carinho suave, é desejar,

Uma fome que nunca vai cessar.

Mas amar, pra mim, é libertar,

Ver o outro florescer, crescer, voar.

O amor não prende, ele faz confiar,

Mesmo longe, o laço vai perdurar.

Liberdade no amor? Que ilusão!

O amor verdadeiro é possessão.

É eterno, sem espaço pra fugir,

Quem ama de verdade quer consumir.

Talvez, no fim, a diferença seja essa,

Amor pra mim é ciclo, mudança que expressa.

Mas pra ti, Conde, o amor é estagnação,

O que importa não é o tempo, mas a emoção.

Alexandre Kranz
Enviado por Alexandre Kranz em 08/10/2024
Código do texto: T8168529
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.