Bye bye
Estou deixando a cidade que não me acolheu. Foi bom para aprender que nem todos lugares te cabem. Estou indo embora de ônibus e olhando essas últimas paisagens pela última vez, paisagens essas que me acompanharam em uma jornada de 2 meses e três semanas, encerro esse ciclo sendo outra. Não sei como será minha vida financeira daqui para a frente, mas respiro aliviada de não estar mais naquele lugar escravocrata. Me sinto livre. Nada de celular coorporativo que me telefona às 21h de sábado. Nada de regime 7x7 não remunerado. Boa sorte aos que continuam nessa jornada doentia. E boa sorte para mim que continuo tentando e que ainda vou vender muito da minha vitalidade por dinheiro. Eles pagam pela nossa vida e acreditam de alguma forma bizarra que nós somos deles, quando na verdade somos nossos. Meu espírito é selvagem e não se dobra a alienação e ao autoritarismo. Não suporto que me digam como devo viver minha vida e por isso, apesar de ser uma profissional excelente, me pego pensando, será que este é meu caminho? Ainda insisto em sentir e talvez esse seja meu erro. Espero ter um pouco mais de sorte na minha jornada, quem sabe um emprego home office ou alguma tranquilidade? Sigo assim, respirando fundo e com uma grande fé no que virá, pois sei que será bom. Que assim seja.